“No meu casamento, vai ser só selfie”

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“No meu casamento, vai ser só selfie”

Wiliam Perin, 26 anos, se criou em meio às câmeras. A família possui um estúdio fotográfico há 21 anos, em Teutônia. Ele se especializou em fotos de casamentos, que respondem por 80% dos 40 eventos anuais em que atua. Neste universo, presenciou momentos emocionantes e outros engraçados.

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“No meu casamento, vai ser só selfie”
Teutônia

• Como começou na fotografia e por que casamentos?

Minha família tem estúdio há 21 anos, então desde os meus cinco anos eu convivi com este meio, vi a empresa crescendo. E o casamento foi algo natural. O estúdio sempre atendeu esta demanda e foi onde mais me identifiquei, porque sempre gostei mais de uma fotografia de uma forma mais dinâmica, espontânea. O casamento por ser um evento, onde a gente não precisa interferir nos fatos para eles acontecerem, proporciona este estilo documental de fotografar.

• O que a fotografia representa na tua vida?

Hoje não é só uma profissão, é um estilo de vida. O ofício acaba ocupando não só o horário comercial. Muitas vezes a gente estende, viaja para fazer ensaios, passa fim de semana cobrindo evento, então é meio full time. O que o lazer e o esporte não ocupam, é ocupado pela fotografia.

• É casado? Pretende casar?

Tenho namorada, mas ainda não somos casados. Acredito que sim. Quando sentir que for a hora de estreitar esses laços e constituir uma família, o casamento vai fazer parte desse momento, para reunir a família e os amigos. É um momento muito importante em que se celebra a construção de um relacionamento.

• Como serão as fotos do teu casamento?

Meus amigos vivem me perguntando como vai ser. Eu digo que no meu casamento vai ser só selfie. Brincadeiras à parte, tenho vários amigos que são excelentes fotógrafos. Ainda fica a dúvida de quem vai ser padrinho e quem vai ser fotógrafo.

• Vai deixar na mão do fotógrafo ou vai dar pitacos?

Para o fotógrafo conseguir desempenhar seu trabalho com seu potencial ao máximo, ele tem que estar livre para criar, para perceber as coisas do seu jeito, enxergar a situação pela sua ótica. Por isso que a fotografia é muito particular. A gente enxerga e fotografa, inevitavelmente, aquilo que a gente identifica, que a gente experimenta. Por isso é tão importante, quando um casal vai contratar um fotógrafo, ter uma empatia e alguns gostos em comum. É um dos fatores que vai estreitar a expectativa do casal com o resultado.

• Já presenciou situações inusitadas em casamentos?

Tudo o que acontece ali a gente procura retratar sem muito julgamento. Então tem desde foto posada, até a galera muito louca, alta do trago. A gente quer entregar veracidade. Tem inúmeros casos: a mãe do noivo sendo levada pelos padrinhos ao hospital para tomar soro, vestido arrebentando botão na hora de vestir.
Teve um casamento em que o noivo estava tão nervoso, que esqueceu as alianças. A noiva encontrou e ficou pistola, queria ligar para ele. Eu falei: “não, calma. Pega as alianças e amarra no buquê. Quando o celebrante pedir, deixa ele tomar o maior susto do mundo”. Ela super comprou a ideia. Foi um susto para ele, botou a mão no bolso, olhou para cima, branqueou. Todo mundo riu.

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