Redação nas Ruas coleta demandas do bairro Conventos

JORNALISMO COMUNITÁRIO

Redação nas Ruas coleta demandas do bairro Conventos

Jornalistas e integrantes do setor de relacionamento do Grupo A Hora conversaram com moradores e empreendedores locais. Projeto chegou à sexta edição nesse sábado

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Redação nas Ruas coleta demandas do bairro Conventos
Lajeado

Conventos

Um dos bairros mais afastados da área central, o Conventos também é um dos que mais cresce no município. Se antes as construções ficavam restritas ao entorno do trecho urbano da ERS-421, na rua Pedro Teobaldo Breitenbach, hoje as residências e loteamentos avançam em áreas antes inabitadas.

Por sua pujança e grande envolvimento comunitário, o bairro foi escolhido pelo Grupo A Hora para sediar a sexta edição do projeto Redação nas Ruas, realizada na manhã do último sábado, 29. Foram cerca de duas horas de atividades, onde nove funcionários dos setores de jornalismo e de relacionamento visitaram residências e estabelecimentos comerciais.

Nas visitas, integrantes do A Hora ouviram demandas, reclamações e anseios de moradores sobre a situação atual do bairro. Também aproveitaram para distribuir exemplares da edição de fim de semana do jornal e prospectaram novos assinantes para a publicação impressa.

Entre os problemas apontados por moradores, está a ausência de linhas de ônibus que cruzam ruas transversais à avenida principal, problemas estruturais em vias calçadas e asfaltadas e falta de limpeza e roçada em terrenos e na via pública.

Um dos propósitos do Redação nas Ruas é o de aproximar os profissionais do A Hora das comunidades, o que é fundamental para o desenvolvimento de um trabalho jornalístico de qualidade.
A próxima edição do Redação nas Ruas será no fim de março, em bairro a definir pela coordenação. Além de Conventos, o projeto já passou por Centenário, Jardim do Cedro, Campestre, Montanha e Universitário.


Buraco na esquina

A rua Carlos Fernando Werner é uma das transversais mais movimentadas de Conventos. E, na esquina com a ERS-421, encontra-se um dos trechos mais perigosos do bairro. Uma valeta dificulta o tráfego de veículos, em especial nos horários de pico.

A reportagem flagrou um veículo quase caindo na valeta enquanto fazia a conversão para ingressar na rodovia em direção a Lajeado. Segundo moradores, o problema é antigo. “A rua é muito estreita. E para sair da Carlos Werner, só invadindo a pista contrária. Sem contar o fluxo enorme de veículos ali”, comenta a presidente da Associação de Moradores de Conventos, Celi Ulrich, que já levou o problema à Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos.


Qualidade do pavimento

Outra reclamação que surgiu na rua Ângelo Pulita foi em relação a qualidade do pavimento. A rua foi calçada há cerca de dois anos e a garantia do material é de cinco anos, o que gera preocupação em alguns moradores.

Para o fotógrafo Ivanir Lenhart, a qualidade deixa a desejar em alguns pontos da rua, com defeitos que prejudicam o tráfego de veículos e pedestres. Ele também reclama da falta de representação política de Conventos, que não possui nenhum vereador identificado com o bairro. “A comunidade tem a faca e o queijo na mão”.


Esgoto a céu aberto

Às margens da ERS-421, principal via do bairro, foi registrado pela equipe do A Hora uma situação de esgoto a céu aberto. O fato foi flagrado ao lado de uma calçada que não possui canalização para escoamento da água.

No local a água estava verde, propensa para servir como criadouro do mosquito Aedes aegypti, que quando contaminado transmite doenças como dengue, chikungunya e zikavírus. Dos 27 bairros do município, 13 apresentaram focos do mosquito.


Mais linhas de ônibus

Por ser distante, Conventos conta com horários mais espaçados de linhas de ônibus, levando moradores para o Centro da cidade. Mas o principal alvo de reclamações é o fato do trajeto abranger apenas a avenida principal.

“As pessoas que moram nas ruas mais para cima acabam tendo que caminhar mais. E muitos moradores tem idade já avançada. Os ônibus deveriam passar em outras ruas”, opina Clair Cândido Ferreira, que reside há 9 anos na rua Ângelo Pulita.

Neoci Lopes da Silva é moradora de um loteamento distante da rodovia. Conforme ela, os moradores das proximidades precisam caminhar cerca de 1,5 quilômetro para utilizar o transporte público.
Ela relata que há apenas dois horários de ônibus por dia que passam próximos a sua residência. Neoci entrou em contato com a empresa Expresso Azul, que atuará no transporte público do município, que pretende estudar as linhas de cada bairro.


Cuidado com as abelhas

Nelci Silva mora faz dez anos às margens da ERS-421, nas proximidades do Supermercado Conventos. Em frente a sua residência, na aba do telhado, abelhas fizeram um ninho.

Ela relata que no fim da tarde não pode ficar em frente a casa ou a porta aberta, pois é o período que as abelhas retornam ao ninho e rondam o local. Nelci teme pela segurança da mãe, uma idosa de 91 anos, que também mora no local.

A secretaria do Meio Ambiente de Lajeado alerta que em casos enxame de abelhas, a recomendação é que um apicultor faça a remoção do ninho. De acordo com a parta, a responsabilidade de remoção é do proprietário do local. A secretaria não possui equipe para esta finalidade.

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