Desafios da criação na era digital

Editorial

Desafios da criação na era digital

Desafios da criação na era digital
Brasil

Suposta brincadeira que na verdade consiste em um ato de covardia que pode levar à morte. Conhecida como “desafio da rasteira” ou “quebra-crânio”, a prática se espalha entre jovens e coloca pais e educadores em alerta em todo o país.

Como mais uma onda que ganha um efeito catalisador com a internet, viralizam no ambiente virtual vídeos diversos de jovens que simulam uma competição de quem pula mais alto. Quando o participante desavisado salta, os outros dois aplicam uma rasteira e provocam um tombo extremamente perigoso, capaz de causar traumatismo craniano ou sequelas irreversíveis.

A reportagem da página 8 desta edição aborda o assunto com o objetivo de colaborar com o debate de como as famílias podem tratar o tema dentro de casa e na escola e orientar os jovens a não reproduzirem tamanha inconsequência.

De tempos em tempos, fenômenos como esse se espalham na web, influenciando comportamentos e atitudes que podem levar a óbito. Como exemplos, os desafio da baleia azul e da boneca momo, que induzem ao suicídio e à automutilação. Práticas imprudentes que sempre existiram entre adolescentes na ânsia por testar seus limites, mas que na rede se propagam de forma vertiginosa.

Educar e criar as crianças em meio à era digital não são tarefas simples. Acompanhar de perto, estabelecer uma relação aberta e de confiança e monitorar os canais de acesso continuam sendo a receita principal. Diante do arcabouço infinito de informações e estímulos, é fundamental estabelecer limites.

Impor limites, contudo, não é proibir qualquer tipo de acesso. Alienar o filho do mundo digital é apartá-lo de um fenômeno cada vez mais presente no cotidiano familiar, educacional, das relações interpessoais e dos negócios. O segredo está no formato e na dose de consumo, condicionada à cada faixa etária.

Ao passo que novas tentações e armadilhas se criam no campo virtual, ergue-se a tarefa de pais aumentarem a vigília. Afinal, cabe à família a tarefa de educar. Caso os responsáveis não façam isso, desconhecidos podem tomar a tarefa para si.

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