O ano será de mudanças drásticas no quadro de secretários do Governo de Estrela. Ao menos cinco devem sair do Executivo em abril. Eles querem participar do pleito de outubro. O prefeito Carlos Rafael Mallmann (MDB) está ciente dessa situação e aguarda por um número de saídas ainda maior. E o chefe do Executivo também já antecipa: a princípio, as funções serão divididas entre os demais assessores. Ou seja, não serão nomeados novos secretários.
A administração municipal praticamente já confirma a saída do secretário da Saúde, Elmar Schneider (PTB), do secretário de Obras, Cristiano Nogueira da Rosa (MDB), do secretário da Cultura, Marcelo Braun (PSDB), do secretário de Desenvolvimento Social, Trabalho e Habitação, José Alves (PTB), e do secretário de Desenvolvimento Econômico, Paulo Finck (PP). Todos estão cotados para o pleito de 2020.
Outros nomes também estão na iminência de deixar o governo municipal em abril. Júlio Saldanha Pereira, secretário de Esporte e Lazer, e Hilário Eidelwein, secretário de Meio Ambiente e Saneamento Básico, também são cogitados para concorrer em outubro.
É uma guinada e tanto na administração municipal estrelense. Mas não é novidade na vida do atual prefeito. No pleito de 2016, Mallmann também “perdeu” boa parte dos secretários no último ano da gestão. E tal como fez há quatro anos, o gestor não pretende nomear sucessores. A ideia dele é fazer com que as funções sejam agremiadas às outras secretarias.
Em suma, outros secretários acumulam as funções deixadas por Schneider, Rosa, Braun, Alves e Finck – e eventualmente Pereira e Eidelwein. E isso desagrada outros servidores públicos que, diante de suas atuações nesses três anos da atual gestão, ainda sonhavam em assumir tais postos. Mas a decisão está tomada. Ninguém deve ser nomeado para os últimos meses de gestão Mallmann. A não ser que…
Univates no mercado
Depois dos postos de saúde e da Unidade de Pronto Atendimento, a Universidade do Vale do Taquari (Univates) assumirá a gestão de uma creche em Lajeado. O projeto piloto no bairro Santo Antônio atenderá 244 crianças de 0 a 5 anos em turno integral. Conforme documentos da dispensa de licitação para o referido contrato, a Univates apresentou o menor preço para o custo por vaga (R$ 802,03).
Ainda de acordo com a proposta, a Univates deverá utilizar alunos e professores dos cursos de Psicologia, Medicina, Enfermagem, Nutrição, Arquitetura, Design, Design de Moda, Gastronomia, Fisioterapia entre outros para “desenvolver projetos e ações que tenham como foco a qualificação da proposta pedagógica.” Já os professores e graduandos dos Cursos de Licenciatura poderão desenvolver práticas investigativas e estágios supervisionados.
Meritocracia rejeitada
Agora sob a presidência de Diego Pretto (PP), a Câmara de Encantado realizou as duas primeiras sessões do ano nessa segunda-feira. Foram duas extraordinárias. A primeira serviu para que nove vereadores derrubassem os vetos do prefeito às emendas dos parlamentares referentes ao Orçamento de 2020. São 20 emendas que agora devem ser promulgadas pelo próprio Legislativo.
Já na segunda sessão extraordinária do dia foram analisados diversos projetos de autoria do Poder Executivo. Entre esses, a propostas que “Institui o Índice de Desenvolvimento Básico de Educação” – matéria retirada de pauta pelo próprio Governo – e o projeto que “Institui a meritocracia, cria o sistema de avaliação periódica de desempenho do magistério público municipal”, que foi rejeitada por unanimidade no plenário.
Municipalização complexa
Foi publicado no Diário Oficial do município no dia 3 de janeiro: “A Câmara Municipal de Vereadores aprovou e eu sanciono e promulgo a Lei que autoriza o Município a municipalizar a Rodovia Estadual ERS-421, trecho entre o limite territorial de Lajeado com o Município de Forquetinha e o entroncamento com a BR-386, numa extensão de 6,3 quilômetros.”
Para garantir a municipalização da rodovia é preciso a autorização do governo estadual. Na lei, resta claro: “se dará mediante formalização de transferência de titularidade do Estado do Rio Grande do Sul”. Ou seja, o Executivo municipal ainda precisa de autorização para “implementar ações necessárias à viabilização da municipalização.” É uma novela e tanto.
Tensão em Teutônia
A reviravolta na eleição da nova Mesa Diretora da Câmara de Vereadores de Teutônia ainda repercute com força nos bastidores. A tese é: ninguém mais confia em ninguém dentro do plenário. Talvez um exagero. Mas a tensão é evidente entre alguns agentes públicos envolvidos na vitória de Cleudori Paniz (PSD) e na consequente derrota de Hélio Brandão (PTB). Há quem diga que a indisposição também atinge o vice-prefeito, Dirinho (foto), também do PSD.
