As lições da enchente

Editorial

As lições da enchente

Dez anos de uma calamidade pública que arrasou parte do Vale do Taquari. Entre os municípios afetados, Marques de Souza foi o mais afetado pela enxurrada de 4 de janeiro de 2010, que praticamente desconfigurou a cidade. A enchente avançou…

Dez anos de uma calamidade pública que arrasou parte do Vale do Taquari. Entre os municípios afetados, Marques de Souza foi o mais afetado pela enxurrada de 4 de janeiro de 2010, que praticamente desconfigurou a cidade.
A enchente avançou de forma surpreendente e o Rio Forqueta subiu cerca de 3 metros em uma hora e meia. Da tarde para a noite, os moradores viram a água invadir as suas casas e não conseguiram salvar quase nada.
Apesar de não ter causado vítimas, os estragos provocados foram sem precedentes e o trauma sobrevive até hoje na memória de quem vivenciou aquela situação. Centenas de casas destruídas, propriedades devastadas, equipamentos danificados e mais de mil suínos e vacas leiteiras mortos. O saldo do incidente foi trágico e comprometeu as principais fontes de renda da comunidade local.
Quem viu de perto o drama instaurado pode ter duvidado que a cidade se reconstruiria. Hoje, o caso completa uma década e virou um dos fatos mais marcantes da história recente da região. E, sim, a comunidade conseguiu se reorganizar e retornar à normalidade gradativamente, com as lições deixadas pelas águas do Rio Forqueta.
A enchente foi assunto do noticiário estadual na época. Hoje, relatórios, livros e estudos acadêmicos sobre o episódio contribuem para ajudar a explicar o fenômeno e fornecer dados e informações para evitar uma situação semelhante.
Há dez anos, A Hora realizou uma verdadeira imersão para informar a comunidade regional sobre o que estava acontecendo em Marques. A reportagem esgotou o tema, buscando autoridades, especialistas e, especialmente, os atingidos pela enchente.
Na matéria das próximas páginas desta edição, o jornal retorna ao município para compreender como foi o processo de reconstrução econômica e social, com relatos, inclusive, das mesmas pessoas que foram fontes em 2010.
Graças à persistência dos atingidos e à solidariedade comunitária, Marques de Souza conseguiu virar a página da tragédia e hoje vislumbra uma nova realidade.

Acompanhe
nossas
redes sociais