Assassinato de advogado completa 146 dias sem solução

CRIMES AINDA SEM RESPOSTAS

Assassinato de advogado completa 146 dias sem solução

Itomar Espíndola Dória foi morto no próprio escritório no dia 12 de dezembro. Hipótese é que crime tenha relação com atividade profissional da vítima

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Assassinato de advogado completa 146 dias sem solução
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A perícia no veículo usado pelos criminosos que mataram o advogado Itomar Espíndola Dória não encontrou qualquer pista sobre a identidade dos autores, diz a delegada de Taquari, Betina Martins.
 
A linha investigativa aponta para um crime motivado pela atividade profissional de Dória. A vítima era conhecida na região por tratar de causas trabalhistas, em especial nas ações de empregados contra empregadores.
 
Na apuração, a Polícia Civil coletou depoimentos de pessoas próximas da vítima e de clientes. Com base nas imagens das câmeras de segurança do escritório não foi possível identificar o autor dos disparos.
 

Relembre o caso

Dória foi morto com pelo menos seis tiros no dia 12 de dezembro. Por volta das 14h, dois homens em um Uno Branco com placa de Bom Retiro do Sul estacionaram próximo ao escritório, na rua José Antero Siqueira, no centro.
 
Um deles desembarcou e entrou no escritório. Para a secretária, disse ser cliente e estava em busca de atendimento. Ao entrar na sala onde estava Dória, disparou pelo menos seis vezes. A vítima morreu no local. Todos os disparos foram direcionados para o tórax do advogado. Após o homicídio, o veículo foi encontrado incendiado há 15 quilômetros do escritório do advogado.
 

O contador foi morto quando chegava em casa no dia 14 de junho de 2018. Polícia aguarda liberação de acesso a provas para preencher lacunas na investigação

O contador foi morto quando chegava em casa no dia 14 de junho de 2018. Polícia aguarda liberação de acesso a provas para preencher lacunas na investigação

Investigação em aberto

Santa Clara do Sul. No dia 14 de junho completa um ano do assassinato do contador José Hoffmann, conhecido como “Zeca”. Ele foi morto com um tiro na cabeça, na Av. 28 de maio, centro da cidade.
 
O delegado responsável pelo caso, Márcio Moreno, assumiu a investigação em outubro, quando foi nomeado para a delegacia de Lajeado. “Já haviam sido feitas diligências. Recebi o material e encaminhamos novas apurações. O caso está em aberto. Há lacunas na linha investigativa que não conseguimos esclarecer”, admite.
 
Conforme o delegado, foram feitas solicitações de provas e há suspeitas quanto a autoria e a motivação. Os pedidos para alguns pontos da investigação demandam mais tempo, relata. “É diferente de um pedido de busca e apreensão. Se trata de informações que, às vezes, demoram mais do que seis meses para serem obtidas.”
 
De acordo com Moreno, casos como esse implicam na busca de provas específicas, por consequência, mais demoradas. “No momento aguardamos essas autorizações. A investigação está em stand by.”
 
Moreno informa ainda que existe diversos casos de homicídio em aberto na DP de Lajeado. “Só neste ano, nos aproximamos de 30 registros, entre tentativa de assassinato e o crime consumado. Nossa prioridade são essas investigações. Minha meta é fechar este ano com todos os inquéritos de 2018 e 2019 entregues à Justiça, tendo ou não a identificação dos autores.”
 

O crime

O contador voltava para a casa no fim da tarde do dia 14 de junho de 2018. Ele havia buscado as filhas na creche. Quando desembarcava as crianças, foi atingido na cabeça. Testemunhas informam a presença de dois veículos no momento do crime.
 

FILIPE FALEIRO – filipe@jornalahora.inf.br

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