“Esse carinho vem no dia a dia”

Notícia

“Esse carinho vem no dia a dia”

Foi com surpresa que a técnica em Enfermagem Bianca Gonçalves, 33, recebeu um elogio por intermédio da página Fiscaliza Lajeado, espaço onde os  usuários costumam relatar reclamações sobre a cidade. Apesar de a autoria da publicação ser anônima, diversos internautas…

Por

“Esse carinho vem no dia a dia”

Foi com surpresa que a técnica em Enfermagem Bianca Gonçalves, 33, recebeu um elogio por intermédio da página Fiscaliza Lajeado, espaço onde os  usuários costumam relatar reclamações sobre a cidade. Apesar de a autoria da publicação ser anônima, diversos internautas demonstraram apreço à profissional, que trabalha na cidade há cinco anos. Atualmente, ela atende no posto do Centro

 
Pela carência de recursos e por causa da postura de alguns profissionais, a saúde pública é generalizada como um serviço ruim. Como é ser considerada um exemplo do oposto disso?
Juro que não esperava! No curso que fiz, há 13 anos, se falou muito em humanização. Eu fico feliz em ser reconhecida, mesmo que a gente não consiga atender todo mundo como a gente gostaria, às vezes; nem sempre a gente não atende a expectativa de todos. Mas o importante é que a pessoa possa chegar aqui e entender o que está acontecendo, não pode sair com dúvidas.
 
O carinho que o pessoal demonstrou no Facebook na semana passada existe na vida real?
Sim, esse carinho vem no dia a dia, principalmente das pessoas que vêm com crianças. A algumas pessoas a gente se apega, cria um vínculo, uma amizade. Tem uma menina que vem aqui que eu conheço desde a barriga da mãe, e hoje está com quatro anos e já me chama pelo nome.
 
O que lhe motivou a trabalhar na área da Enfermagem?
Acho que sempre sabemos do que realmente gostamos, né? Foi com isso que eu me identifiquei e é o que eu sempre quis fazer. Sempre quis isso ou Medicina Veterinária, e eu escolhi Enfermagem.
 
Como é o teu dia a dia?
É bem rotineiro. Eu cuido das vacinas, em pessoas de todas as idades. A maioria é criança, o que é um desafio, pois cada criança tem o seu jeito. Nas férias, o pessoal costuma deixar as vacinas em dia, então tem mais gente. Agora, aumenta um pouco por causa da campanha da gripe. Também saiu algo sobre meningite na mídia, então o pessoal está mais preocupado e vem conferir a caderneta.
 
É mais difícil acalmar os pais ou as crianças na hora de aplicar a vacina?
Tem pais que ficam bem nervosos, principalmente quando são pais de primeira viagem. Antes de fazer a vacina, a gente tenta explicar tudo, até ver que eles entenderam: o que vamos fazer, como funciona. Tentamos acalmar eles de alguma maneira, orientar o que eles podem fazer depois da vacina. Às vezes, o pai ou a mãe prefere não ver, e sai da sala, daí fica o outro. As avós também acompanham bastante os netos.
 

GESIELE LORDES – gesiele@jornalahora.inf.br

Acompanhe
nossas
redes sociais