Faz quase sete anos que a Câmara da Indústria, Comércio e Serviços do Vale do Taquari (CIC/VT) encaminhou à Secretaria Estadual de Trânsito um ofício enfatizando a importância da duplicação das RSC-453, ERS-130 e ERS-129, entre Venâncio Aires e Muçum.
De lá para cá, os municípios que margeiam as rodovias pagaram R$ 160 mil em dois projetos ambientais e técnicos com a promessa de que o Estado custearia a obra, fato que não se concretizou até o momento.
A demora coloca em alerta entidades regionais e motiva uma reunião com o secretário estadual de Transporte e Logística, Juvir Costella. No encontro marcado para hoje, 17, os representantes do Vale do Taquari irão pedir a inclusão da obra no programa de concessão de rodovias – a exemplo do que ocorreu na RSC-287, entre Tabaí e Santa Maria.
Conforme o presidente da CIC/VT, Pedro Barth, as entidades regionais não acreditam que a duplicação será feita pela EGR, empresa responsável atualmente pela gestão dos 70 quilômetros entre Muçum e Venâncio Aires. “Queremos levar essa demanda para Porto Alegre e mostrar que essa é uma obra prioritária para o desenvolvimento na região”, reforça.
O tráfego constante de veículos, perigos de acidente e dificuldades logísticas são citados pela CIC/VT para justificar a duplicação. “Veja quantas empresas temos ao longo da rodovia com dificuldades para movimentar as mercadorias. Já pagamos pedágios e pedimos apenas um retorno dessa contribuição”, cobra.
O encontro está sendo intermediado pelo deputado estadual Edson Brum (MDB). O parlamentar reforça o pedido feito pelas entidades regionais. “Há necessidade urgente de uma terceira pista. O ideal seria a duplicação”, avalia.
Adiantados
Conselheiro da Federasul, Oreno Ardêmio Heineck destaca que a duplicação une os Vales do Taquari, do Rio Pardo e a Serra Gaúcha. Reforça que o trecho entre Venâncio Aires e Muçum está com a burocracia adiantada se comparado com a RSC-287. “Essa rodovia entrou no programa de concessão, mas não tem projetos que nós já temos”, esclarece. Heineck acrescenta que o governo demonstra o interesse de conceder as rodovias à iniciativa privada.
FÁBIO KUHN – fabiokuhn@jornalahora.inf.br