Otimismo e atenção

Editorial

Otimismo e atenção

Os dois primeiros meses foram positivos para quem busca trabalho, como mostra reportagem das páginas 4 e 5. O Vale teve um saldo de 1.666 postos. A indústria puxou esse resultado. Condição promissora para o ano mostra uma retomada econômica,…

Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Os dois primeiros meses foram positivos para quem busca trabalho, como mostra reportagem das páginas 4 e 5. O Vale teve um saldo de 1.666 postos. A indústria puxou esse resultado. Condição promissora para o ano mostra uma retomada econômica, pelo menos no que se refere ao otimismo das empresas.
 
A diversidade do Vale do Taquari é uma das qualidades e forças de uma região que atrai cada vez mais a atenção do Estado. Essa característica proporciona desenvolvimento econômico, reduz a incidência de crises e garante índices muito próximos do pleno emprego. Ao passo em que no Brasil se acompanha um aumento no índice de trabalhadores informais, a região garante oportunidade para as pessoas.
 
Ainda que os números sejam positivos, há de se convir: o mercado de trabalho está em mutação. Passa pelo avanço tecnológico, pois há uma nova revolução em curso, e também pela relação entre trabalhador e empregador. No primeiro aspecto, o fenômeno chamado de Indústria 4.0 modifica o conceito de produção e trabalho. A mão de obra deixa para trás velhos padrões e criam-se novas exigências. As inovações atingem o campo da automação industrial, controle e tecnologia da informação, aplicadas aos processos de manufatura. Por conta disso, é possível estabelecer processos cada vez mais eficientes, autônomos e customizáveis.
 
Nesse contexto, a tendência é de que máquinas substituam gradativamente a participação humana. No mercado, o trabalhador terá de ser mais do que um executor de tarefas, sob risco de perder espaço e o emprego. A mão de obra sem qualificação terá dificuldade para romper as barreiras dos novos tempos.
 
Outro aspecto é a mais profunda mudança na legislação trabalhista desde a Consolidação das Leis do Trabalho, texto do longínquo ano de 1943. As novas regras ainda dividem opiniões. Instituições ligadas à classe patronal, como a Fiergs, enaltecem a importância da reforma para tornar a relação entre empregado e empregador mais flexível, pois isso garantiria a abertura de mais postos de trabalho e mais segurança jurídica para evitar passivos trabalhistas.
 
Frente aos argumentos, fica cada vez mais evidente a importância do trabalhador estar qualificado. Estudos de médio e longo prazo diagnosticam o risco de fechamentos de postos de trabalho a partir dos próximos anos devido à imersão tecnológica. Quanto mais qualificado, mais chance o trabalhador terá para garantir ascensão profissional.

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