Neca Dalmoro é a segunda presidente mulher na história

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Neca Dalmoro é a segunda presidente mulher na história

Pedetista repete o feito de Carmen Regina Cardoso à frente da câmara

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Atualizado terça-feira,
26 de Dezembro de 2018 às 13:44

Neca Dalmoro é a segunda presidente mulher na história
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“A partir de agora, quero reunir o grupo e traçar metas. Teremos pautas muito importantes em 2019, como a votação do novo Plano Diretor, e a questão do processo licitatório para os serviços de transporte público coletivo. Me preparei para este momento. Para assumir a cadeira que um dia foi de meu pai. Vou presidir de forma compartilhada, tal como trabalham as mulheres. Não estamos atrás e tampouco à frente dos homens. Estamos ao lado.”

Essas foram as primeiras palavras da nova presidente do Legislativo após a acirrada eleição da mesa diretora. Neca Dalmoro (PDT) foi eleita com apoio de oito dos 15 parlamentares. Votaram a favor Sérgio Rambo (PT), Sérgio Kniphoff (PT), Waldir Blau (MDB), Carlos Ranzi (MDB), Paulo Tóri (PPL), Ederson Spohr (MDB) e Lorival Silveira (PP).

Carmen Regina foi a primeira presidente mulher, no ano 2000

Carmen Regina foi a primeira presidente mulher, no ano 2000

A grande surpresa foi o voto de Silveira, exonerado do cargo de secretário de Habitação, Trabalho e Assistência Social (Sthas) horas antes da sessão. Ele pode estar rumando para o MDB após não votar de acordo com os demais colegas do partido, que apoiaram a outra chapa, formada por Waldir Gisch (PP) para presidente, Nilson do Arte (PT) como vice, e Ildo Salvi (REDE) para secretário.

Já a chapa vencedora será composta por Rambo como vice-presidente, e Kniphoff como secretário. Neca, por sua vez, comemora o fato de ser apenas a segunda mulher eleita presidente da câmara em mais de cem anos de Legislativo. Antes dela, Carmen Regina Cardoso comandou a casa no ano 2000, quatro anos antes de assumir como primeira prefeita na história.

Univates assume a UPA

Antes da eleição, os vereadores aprovaram o convênio entre a Univates e a UPA. Com isso, a universidade assume, por meio de dispensa de licitação, e no âmbito do SUS, os serviços de manutenção da estrutura “com foco na qualificação dos trabalhadores e das ações de saúde”.

Hoje a unidade é gerenciada pela Fundação Hospitalar Getúlio Vargas (FHGV). O contrato firmado em 2014 também foi mediante dispensa de licitação. Por mês, o município repassa cerca de R$ 1 milhão (entre recursos estaduais, federais e municipais) para a entidade pagar as áreas administrativas e médicas da UPA. O recurso agora será destinado à Univates.

Vereadores aprovaram também uma emenda ao projeto de lei. De autoria de Paulo Tóri, o texto limita em um ano o contrato entre UPA e Univates, com possibilidade de renovação por mais 12 meses. Outros parlamentares reclamaram da urgência exigida pelo governo para apreciação da matéria, que pediu pressa em função da iminente saída da FHGV, cujo contrato ainda poderia vigorar até abril de 2019. “O governo errou ao iniciar esse debate pela imprensa”, sustenta Kniphoff.

Em 2018, o governo também encerrou contrato com o Instituto Continental de Saúde (Icos) para repassar a gerência das unidades de saúde do município à Univates. Sobre o fim do contrato de manutenção da UPA, a direção da FHGV demonstra insatisfação com notícia divulgada pelo A Hora acerca da negociação entre Executivo e universidade, e cita que, por conta disso, não havia mais “relação de confiança entre o poder público e a entidade”.

Rodrigo Martini: rodrigomartini@jornalahora.inf.br

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