O município se despediu nesta semana de Renato José Wagner. Com diversas contribuições para o desenvolvimento da cidade, o líder comunitário foi vereador e presidente da câmara e da Associação Comercial e Industrial de Estrela (antiga Acie, hoje Cacis). O velório ocorreu nessa segunda-feira, 17, na sede do Legislativo.
Após cerca de três semanas internado no Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre, Wagner morreu por complicações decorrentes de uma cirurgia na coluna, aos 79 anos. Ele deixa a mulher Gladis Maria Müller Wagner, os filhos Fernando, Janice Maria e Juliana Maria e sete netos.
O perfil atuante, solidário e trabalhador de Wagner é lembrado por amigos e parentes. No ramo empresarial, o primeiro emprego foi na antiga fábrica de relógios de Bruno Schwertner. Entre as experiências profissionais, também trabalhou durante muitos anos na histórica empresa Costa Sabonetes e Perfumarias, da qual foi diretor.
Como contador, prestava serviços para diversos estabelecimentos. Também lecionou em cursos técnicos na área de contabilidade comercial e industrial, na antiga Escola Técnica Cristo Rei.
“Grande lacuna”
A presidência da Associação Comercial foi desempenhada de 1984 a 1986. Pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB), foi eleito vereador pela primeira vez em 1976 e reeleito em 1982. Ao longo de 12 anos como integrante do Legislativo, presidiu o parlamento por dois biênios 1983-1984 e 1987-1988. Em 1988, foi candidato a vice-prefeito.
Entre as realizações de maior relevância como parlamentar, destacam-se ações em defesa da emancipação de Teutônia, a implantação de bairro das Indústrias, as construções do prédio do Fórum e da sede da câmara municipal. Também teve importante colaboração para a criação da Fundação Vovolândia São Pedro, entre vários outros legados.
Amigo próximo do ex-vereador, o empresário Luiz Roque Schwertner enaltece a importância da liderança desempenhada por Wagner em defesa do crescimento do comércio local e do desenvolvimento de Estrela. “Realmente era um líder que movimentava e ajudava muito a comunidade. O seu falecimento deixa grande lacuna”, afirma.
Bondade discreta
Conforme a filha Juliana, ex-secretária da Educação de Estrela, o pai atuava pelo bem-estar da sociedade. Segundo ela, os elogios e reconhecimentos por parte de pessoas dos mais diversos segmentos sociais ajudam a atenuar o sofrimento da perda. “Ouvimos coisas fantásticas que ele fez que nem sabíamos. Era muito humilde, agia silenciosamente”, relembra.
A característica de modéstia e discrição de Wagner também é recordada pela família. Surpreendia o fato de ele ser reservado e, ao mesmo tempo, ter tanta popularidade, especialmente na eleição de 1982. “Lembro de nos perguntarmos como que uma pessoa tão discreta como o pai conseguiu ser o vereador mais votado da cidade.”
Alexandre Miorim: alexandre@jornalahora.inf.br
