“A pluralidade inclui. A diversidade é excludente”

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“A pluralidade inclui. A diversidade é excludente”

Anderson Pereira, ou “Andi Profano”, tem 32 anos. É jornalista e já reportou muito pelo Vale do Taquari. Hoje atua como promotor de eventos culturais alternativos e DJ na capital paulista. • O que te motivou a buscar a vida…

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“A pluralidade inclui. A diversidade é excludente”
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Anderson Pereira, ou “Andi Profano”, tem 32 anos. É jornalista e já reportou muito pelo Vale do Taquari. Hoje atua como promotor de eventos culturais alternativos e DJ na capital paulista.
• O que te motivou a buscar a vida no principal centro urbano do país?
Vim para São Paulo em 2010. Na época eu trabalhava em um jornal de Lajeado e como assessor no HBB. A princípio pensei em abrir uma agência de comunicação. Mas quando pedi demissão do jornal, me deu um ‘click’, uma vontade de ir a São Paulo. Já era um sonho antigo. Conhecia alguns paulistas que me incentivaram. Diziam que eu tinha tudo a ver com SP. Então fui. Em três meses, consegui um emprego na área de assessoria de imprensa, atendendo redes de hotéis de luxo, baladas e celebridades.
• Qual foi sua primeira impressão de SP?
Não foi de uma cidade grande, como todos enxergavam. Vi uma cidade por partes, mais segmentada, por bairros. Apesar de ser a maior cidade da América Latina, meu olhar para ela é como se fosse uma cidade comum. Como Estrela, ou Lajeado.
• Como foi sua experiência de assessoria de imprensa em SP?
Fui atuar com mídias e publicidade digitais. Sempre querendo passar a mensagem de comunicação. O ato de entrevistar e contar histórias de pessoas. Fui assessor de imprensa do André Almada, que é fundador do Grupo The Week, um dos maiores grupos de baladas gay. Também fiz blog do Cacá Ribeiro, dono de diversos clubes. São propostas diferentes.
• Como foi a criação do projeto do Baile Profano?
Foi um processo muito natural. Desde que cheguei, eu frequento muito a cena noturna, assim como frequentava em Lajeado, onde sentia falta de festas que me fizessem dançar do início até o fim. Em Lajeado, fiz curso de DJ com o Gabriel Vargas. E toquei pela primeira vez na Magic, mas acabou a luz no início do meu set, e eu mal consegui me apresentar (risos). Então a cena noturna sempre fez parte de mim, e isso me ajudou a criar o Baile Profano. É um projeto de música e performance, em que passo uma mensagem por meio da curadoria artística, convidando DJs e outros artistas. E à noite as pessoas se libertam mais. A noite está muito ligada a comportamento. As pessoas são mais livres. A proposta é celebrar as existências. Passar uma mensagem de respeito ao outro. Trabalhamos muito a “pluralidade”, que é um termo novo que eu uso no lugar da “diversidade”. Pois a pluralidade inclui. É seja você mesmo, seja negro ou branco, hetero ou homossexual, trans, travesti, pobre ou rico. E a diversidade pode ser excludente.

Rodrigo Martini: rodrigomartini@jornalahora.inf.br

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