“Ser oposição a tudo e a todos é tradição do PT”, afirma o deputado estadual Enio Bacci (PDT). O parlamentar se refere ao fato de a nacional dos trabalhistas ter manifestado contrariedade aos futuros governos do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) e do vitorioso ao Palácio Piratini, Eduardo Leite (PSDB). “Antes de começar as gestões, o PDT já se posicionou dessa forma. Achei isso muito desagradável.”
Esse desgaste entre Bacci e o PDT pode resultar na saída do deputado da sigla, da qual participa faz quase 30 anos. Não sairá agora para não perder o mandato na Assembleia Legislativa. “Em janeiro terei uma definição sobre isso.”
Segundo ele, há duas possibilidades em análise. Ingressar no PTB, legenda do amigo e braço direito de Bacci quando foi secretário de Segurança Pública, no governo de Yeda Crusius, ou no PR, de Giovane Cherini. “Amadureci essa decisão de sair do PDT ainda durante o período de deputado. Só não podia ingressar em outra legenda.”
Cargo na EGR
Devido à relação de Bacci com o vice-governador, informações extraoficiais do PTB apontam para a tendência de o deputado lajeadense integrar a nominata da direção da EGR. Por outro lado, Bacci nega qualquer conversa sobre essa possibilidade. “Não há nada sobre isso. O governador eleito e o delegado Ranolfo ainda não definiram nem o secretariado. Não foi levantado o meu nome para ser integrante da EGR. Acredito que se esse convite vier não será agora. Primeiro saberemos quem serão o primeiro escalão do Executivo.”
Filipe Faleiro: filipe@jornalahora.inf.br
