Auditoria tira dúvidas sobre a urna eletrônica

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Auditoria tira dúvidas sobre a urna eletrônica

Justiça Eleitoral e Ministério Público voltam a conversar com eleitores sobre sistema de voto

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Auditoria tira dúvidas sobre a urna eletrônica
Vale do Taquari

Com muitos questionamentos e algumas desconfianças, Dario José Guizzo fez questão de participar da auditoria das urnas eletrônicas. Ontem os equipamentos foram testados no 29º Cartório Eleitoral, que responde pelos 37 municípios da região. O procedimento é aberto ao público, ainda assim Guizzo foi o único eleitor presente. “Até uns dias atrás, eu tinha dúvidas. Hoje eu confio na urna”, afirma.

No primeiro turno, Guizzo registrou uma reclamação sobre a urna em que votou. Quando digitou o número do candidato a deputado estadual, a foto do mesmo não apareceu na tela e o voto foi computado pela legenda.

Ele reconhece que pode ter sido erro seu. Quando o leitor erra o número de um candidato a deputado ou senador, mas acerta os dois primeiros dígitos, correspondentes ao partido, o voto é computado na legenda.

Presente na auditoria, o juiz eleitoral Rodrigo da Azevedo Bortoli lamentou a pouca participação dos eleitores no procedimento. “Em um ambiente de questionamentos como o atual, o ideal seria que houvesse mais gente interessada. No primeiro turno, não tinha ninguém.”

Auditoria é rotina

A auditoria é praxe e faz parte do calendário eleitoral. Deve ser realizada antes de cada turno de eleição em até 3% dos equipamentos. Além dessa verificação prevista no calendário, foi realizada outra na semana passada em função das reclamações de eleitores.

Ontem foram testadas três urnas. Uma de Santa Clara do Sul, por ter sido o município cuja votação mais atrasou no primeiro turno, outra de Progresso, que teve uma urna substituída na escola Ouro Preto, e uma de Lajeado.

Primeiro é feita a auditoria de cada urna, com a verificação das assinaturas digitais das autoridades presentes na cerimônia de lacração do equipamento. Depois, são impressos os resumos digitais, que atestam que os arquivos estão íntegros e não foram modificados.

Em seguida, é verificado se todos os candidatos constam na urna com nome foto e, então, acontece a simulação do voto. Cada urna precisa receber 30 votos. O próprio Guizzo votou 30 vezes e conferiu o resultado impresso pela urna com as anotações que havia feito enquanto votava.

Procedimento semelhante ao realizado por Guizzo é feito no domingo eleitoral. Quatro urnas do estado são separadas para a chamada votação paralela. Ao longo do dia, é simulada uma votação nas urnas, para verificação. Os votos dessa eleição paralela não são computados. Esse teste é realizado na presença de representantes dos partidos e é todo filmado.

Matheus Chaparini: matheus@jornalahora.inf.br

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