Esquecidos pelo poder

Editorial

Esquecidos pelo poder

Com a atenção voltada à disputa pela presidência da República, pouco se fala da formação dos parlamentos, tanto nacional quanto estadual. No sistema democrático brasileiro, todas as decisões políticas passam pelos deputados e senadores. Episódios de grande impacto nas operações…

Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Com a atenção voltada à disputa pela presidência da República, pouco se fala da formação dos parlamentos, tanto nacional quanto estadual. No sistema democrático brasileiro, todas as decisões políticas passam pelos deputados e senadores.
Episódios de grande impacto nas operações contra a corrupção têm como alvo esses agentes públicos. Ainda assim, muitos eleitores não lembram em quais políticos votaram nas últimas eleições às cadeiras na Câmara Federal, no Senado e na Assembleia Legislativa.
A decisão política é a primeira etapa para romper as barreiras que impedem o desenvolvimento da nação, dos estados e dos municípios. Seja para implantação de um novo empreendimento ou na determinação de políticas públicas demandadas pela sociedade, tudo passa pelos escolhidos dos eleitores.
Dentro dos gabinetes, seja em Brasília ou em Porto Alegre, os deputados representam interesses daqueles que os elegeram, ou pelo menos deveriam. A quatro dias de mais um pleito eleitoral, é importante sublinhar que, caso uma região não tenha seus defensores, as perdas são imensuráveis.
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Distante do debate cotidiano no centro de poder, uma localidade ficará em segundo ou terceiro plano quando buscar investimento, quando reivindicar melhoria nas estradas, ou mesmo para dizer não à instalação de pedágios.
Para esta eleição, são pelo menos 27 candidatos do Vale do Taquari. Por trás de cada pleito, há diversos interesses. Desde a escolha de políticos apenas para preencher legenda, passando por aqueles que usam a eleição geral como trampolim político, àqueles com real intuito de defender os interesses locais.
Ainda assim, fica como fato a falta de unidade dos agentes políticos regionais. Com tantos candidatos, se pulverizam os votos e as chances de ter nomes do Vale em postos estratégicos nos parlamentos.
No tabuleiro político, o pragmatismo partidário faz com que as pessoas se distanciem. O cidadão comum, o líder empresarial ou o intelectual têm dificuldade em entender as bases e até mesmo a linguagem dessa esfera. Como resultado, grupos sociais importantes ficam esquecidos. Distantes. Só lembrados a cada quatro anos.

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