“Infelizmente, crimes vinculados a facções atingem pessoas próximas”

Lajeado

“Infelizmente, crimes vinculados a facções atingem pessoas próximas”

Com a estridência de duas rajadas de tiros disparados contra Neri Nunes, 54, os vizinhos pensaram em se tratar de foguetes. “Até num primeiro momento falei pro meu marido isso é tiro. Mas ele disse que não teria como ser,…

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“Infelizmente, crimes vinculados a facções atingem pessoas próximas”
Lajeado
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Com a estridência de duas rajadas de tiros disparados contra Neri Nunes, 54, os vizinhos pensaram em se tratar de foguetes.

“Até num primeiro momento falei pro meu marido isso é tiro. Mas ele disse que não teria como ser, porque seriam muitos”, conta uma vizinha que prefere não se identificar por medo de retaliações.

O crime aconteceu no domingo, na residência da vítima, na rua Ivo Inácio Grin, no bairro Moinhos D’Água. Neri era o pai de Ederson Rubino Nunes, mais conhecido como Crioulo, traficante que foi assassinado e teve o copro queimado faz um ano e meio, na localidade de Mariante, em Venâncio Aires.

Brutalidade

Conforme relato de vizinhos, um pouco antes das 12h de domingo, Neri fazia um churrasco na garagem de casa para o neto de 12 anos, filho de Crioulo, acompanhado da esposa, quando criminosos chegaram dirigindo uma motocicleta e efetuaram os disparos contra o portão da residência.

A vítima morava faz 20 anos no endereço.

“Era um homem muito bom. Trabalhei com ele durante anos numa indústria alimentícia”, diz outro vizinho que prefere não se identificar.

Neri Nunes, 54, é pai de Crioulo, traficante assassinado faz um ano e meio

Neri Nunes, 54, é pai de Crioulo, traficante assassinado faz um ano e meio

Vizinhança

Conhecido de Neri, o vizinho Robson Moraes, 39, lembra da vítima em jogos de sinuca em um bar próxima da residência deles.

“Muito triste isso. Conhecia ele mais de vista. Era um cara gente boa”, lamenta.

No local do crime, foram encotradas 40 cápsulas de munição calibre 7.62, seis estojos calibre .40 e cinco projéteis amassados.

Investigação

O delegado Márcio Moreno acredita que o crime tenha sido vinculado com facções.

“Independente da vinculação com a prática criminosa, infelizmente, crimes vinculados a facções atingem pessoas próximas, por relações familiares”, afirma Moreno.

A Polícia Civil já aponta uma linha de elucidação para o caso, que provavelmente tenha ocorrido por consequência da guerra de facções.

Este é o 19º homicídio registrado em Lajeado este ano.

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