Beer Fest Vale apresenta um mercado em expansão

Lajeado

Beer Fest Vale apresenta um mercado em expansão

Evento reuniu microcervejarias do RS e SC no sábado à noite

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Beer Fest Vale apresenta um mercado em expansão
Lajeado
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Leonardo Manica chegou ao festival sendo premiado. Na primeira cerveja que comprou, na tenda da cervejaria Salva, ganhou um vale para jogar o beer pong. São seis tentativas de acertar uma bola de pingue-pongue dentro de um copo, arremessando com a mão. Cada copo tem uma premiação, ele ganhou uma cerveja de garrafa. “Vim na edição passada, curti muito e voltei este ano. Estes festivais de cerveja são boas iniciativas, a música é boa e o horário é adequado”, afirma.

Natural de Arroio do Meio, Leonardo não se considera um grande conhecedor de cervejas, mas encontrou nos festivais uma oportunidade de ter contato com outros estilos e marcas da bebida.

A segunda edição do Beer Fest Vale ocorreu no sábado, no Clube Tiro e Caçae, em Lajeado. O festival reuniu 14 cervejarias do RS e Santa Catarina e cinco bandas de rock. Na entrada, o público recebeu copos temáticos. No salão, galões de água mineral para hidratar os participantes.

Eduardo Pelizzon

“Cerveja boa em grande escala”

Lançada em agosto, a cervejaria Bellavista fez sua estreia em festivais. O sommelier responsável pela qualidade da bebida, Eduardo Pelizzon, explica que o objetivo é fazer uma cerveja que agrade tanto o público leigo como quem está mais acostumado com cervejas especiais.

Para Pelizzon, a produção em grande escala não é um fator que dificulta na qualidade da cerveja. “Com uma boa receita e os insumos certos dá para fazer uma boa cerveja em grande escala. Os pequenos têm o desafio de não deixar entrar oxigênio durante a produção. Com grande equipamento, esse controle se torna mais fácil.”, defende.

João Giovanella

Matriz produtiva

Desde 2007, João Giovanella produzia cerveja de forma caseira. Era um “paneleiro”, como chamam os produtores. Enquanto trabalhava com consultoria em mercado estratégico e pensava em uma forma de ganhar dinheiro fazendo o que gostava. Em 2016, lançou a Salva, fabricada em Bom Retiro do Sul com uma produção de 30 mil litros/mês. Em menos dois anos, a produção saltou para 160 mil litros e a cerveja já começa a chegar em grandes mercados da região e de Porto Alegre.

Ele explica que o crescimento foi possível graças ao planejamento. O plano de negócio começou a ser pensado cinco anos antes de abrir a empresa. Giovanella acredita que o mercado de microcervejaria ainda tem muito para crescer, mas é preciso investir na produção dos insumos.

“A Ambev tem a maior parte do mercado, nós ainda estamos só com as migalhas. O Brasil ainda não tem matriz produtiva, temos que importar os insumos”, afirma. Giovanella integra a Associação Brasileira de Produtores de Lúpulo (Aprolupulo) e produz nove hectares do insumo.

Cerveja e rock

Raquel esteve também na primeira edição do festival, em 2017. Neste ano trouxe também o marido Leonardo Pedralli. Além da cerveja e da música, o público é outro atrativo do evento. “É um público reservado, tranquilo, não tem aglomeração”, afirma Raquel. O estilo favorito do casal é pilsen. “E preferimos não misturar”, adverte Pedro.

Em frente ao palco, um grupo se destaca dançando e cantando os refrões. Os integrantes da banda Cave Acústico se apresentaram na abertura do festival e ficaram para prestigiar a cerveja e as demais bandas. Naturais de Bento Gonçalves, fizeram contato com os organizadores em uma feira de equipamentos para produção de cerveja.

Nas tendas das cervejarias, as compras são feitas com um cartão pré-pago do evento. Na saída, os participantes trocavam os cartões por um “kit fim de festa”, uma garrafa de água mineral e balas.

Matheus Chaparini: matheus@jornalahora.inf.br

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