Agressor sofre de doença mental, diz advogado

País - facada em bolsonaro

Agressor sofre de doença mental, diz advogado

Defesa de Adélio de Oliveira apresenta laudo que aponta insanidade do réu. Integrante da equipe de defesa do autor de atentado contra o candidato à presidência, Jair Bolsonaro, o advogado de Lajeado, Marco Alfredo Mejia, estuda ingressar com um pedido para transferência de Adélio Bispo de Oliveira da prisão para uma instituição psiquiátrica

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Agressor sofre de doença mental, diz advogado
Brasil

Uma avaliação psiquiátrica realizada por um profissional particular, a pedido da defesa de Adelio Bispo de Oliveira, agressor do candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL), apontou insanidade mental. De acordo com os exames, ele sofreria de distúrbios que alteram sua percepção da realidade. Com base no resultado, a defesa estuda pedir a transferência do homem para uma instituição psiquiátrica.

O advogado lajeadense, Marco Alfredo Mejia, atua na defesa do agressor. Ele está em Juiz de Fora (MG), onde trabalha com a equipe de profissionais contratada por um financiador anônimo, supostamente morador de Montes Claros, também em MG, e cidade onde Adélio vivia até cometer o atentado. Ele confirma o laudo contratado pela defesa.

“Eu, de punho próprio, fiz uma nova petição e apresentamos um novo pedido de insanidade mental. Isso vai mudar muito o curso do processo. Vamos pedir um incidente de sanidade, de higidez mental. É um laudo de um novo médico”, resume Mejia.

Apesar das especulações, o advogado não confirma um possível pedido de remoção de Adélio para uma instituição psiquiátrica. Entre alguns defensores jurídicos do agressor, há, também, o temor de que ele possa sofrer retaliações caso deixe o cárcere neste momento.

Hoje Adélio está em um presídio federal, em Campo Grande (MS). Ele foi preso em flagrante no dia 6 de setembro logo após esfaquear Bolsonaro, líder nas pesquisas em todo o país. Naquele momento, o candidato fazia campanha nas ruas de Juiz de Fora.

A Polícia Federal (PF) abre dois inquéritos para investigar o crime. No primeiro, conclui que Adélio teria agido, por “questões ideológicas”. Nesta primeira etapa da investigação, a PF não solicitou qualquer exame psiquiátrico, por considerar que não seria uma atribuição dos investigadores. O segundo inquérito deve investigar mais a fundo a possível participação de terceiros no atentado.

Pedido negado em setembro

Uma semana após o atentado, a defesa solicitou pela primeira vez um teste de sanidade mental do agressor. Entretanto, naquele dia 12 de setembro, o juiz da 3ª Vara da Justiça Federal em Juiz de Fora, Bruno Savino, negou o pedido. Ele escreveu que, “até o presente momento, não há elementos de informação que sustentem a existência de dúvida relevante e plausível sobre a higidez mental do investigado.”

Rodrigo Martini: rodrigomartini@jornalahora.inf.br

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