Dois servidores são responsáveis pela manutenção das praças no município. A própria administração municipal reconhece que o número de profissionais é baixo diante da demanda e prevê mudanças no sistema de trabalho.
Coordenador do Departamento de Agricultura faz menos de um mês, Carlos Kayser ressalta que o Executivo pretende, nos próximos dias, fazer um levantamento das condições dos espaços públicos. O setor sequer tem a quantidade de áreas de lazer no município. “Quando tivermos esse levantamento, podemos nos basear nele para realizar as melhorias. Hoje sabemos que temos muitas praças antigas que estão em condições precárias”, reconhece.
Das primeiras nove praças que visitamos, três tinham problemas na manutenção ou até apresentavam sinais de abandono. Outras quatro estavam em situação adequada, mas com brinquedos parcialmente danificados e enferrujados.
A pior situação foi registrada na praça da rua Décio Martins de Azevedo, no bairro São Bento. Segundo moradores, a queda de uma árvore destruiu os brinquedos há cerca de quatro anos. “Depois disso nunca mais foi feito nada. Seria ótimo ter brinquedos novos aqui”, defende Neci Albuquerque, 64.
Além dos problemas estruturais, os moradores relatam casos de vandalismo e má utilização dos espaços públicos. “De noite vinha gente com som alto e bebidas. Fica ruim para dormir”, conta uma das moradoras próximas da área de lazer do bairro Conventos, Gládis Lutz, 48.
Na Praça Dom Claudio Colling, no Moinhos, os banheiros tiveram de ser desmanchados por servirem de local para o consumo de drogas à noite. Idevoni Marcon lamenta o mau uso dos brinquedos e espaço público. “É um local bonito, só está um pouco abandonado”, opina.
Kayser lamenta a depredação dos bens públicos. “É nossa missão manter as praças em bom estado. Mas todos precisam colaborar”, afirma. Ele relata que o Executivo trabalha com as associações de moradores para buscar a conscientização das pessoas.
Compra de brinquedos novos
Em julho, o Executivo licitou a compra de brinquedos para 22 praças municipais. O investimento chega a R$ 83,3 mil e os brinquedos devem ser entregues em um prazo de um ano. Conforme Kayser, eles devem ser instalados em novos espaços de lazer ou complementar praças já existentes. A distribuição deve ser feita nos próximos dias de acordo com pedidos protocolados pelas comunidades.
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Fábio Kuhn: fabiokuhn@jornalahora.inf.br
