Município devolve dinheiro à União

Lajeado - Compra de ônibus escolar

Município devolve dinheiro à União

A câmara de Lajeado aprovou a devolução de R$ 156 mil. O recurso federal foi enviado ao município pelo MEC, em dezembro de 2016, para a compra de um novo ônibus escolar.

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Lajeado
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A câmara aprovou um projeto encaminhado pelo Executivo que autoriza a restituição de R$ 156,1 mil à União, referente a não execução de um termo de compromisso destinado à compra de um ônibus escolar. Os vereadores debateram sobre as responsabilidades da gestão anterior e da atual administração para com o prejuízo.

De acordo com a mensagem justificativa assinada pelo prefeito, Marcelo Caumo, o governo não executou a compra do veículo em função da demora no depósito do recurso para o pagamento do fornecedor, impossibilitando, assim, “a execução do contrato com o credor do município”.

Segundo informa o governo, o atraso foi ocasionado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), ligado ao Ministério da Educação. Entretanto, na sessão legislativa, o líder de governo, Mozart Lopes (PP), falou em falta de comunicação entre os governos atual e anterior acerca da compra do ônibus escolar.

“Foi erro de quem chegou e erro de quem saiu. É ruim ter que devolver um ônibus licitado e com a chave dentro. A gente espera que, quando houver nova troca de partido na administração pública, que haja mais diálogo”, disse o vereador progressista.

Sérgio Rambo (PT) culpa apenas o atual governo. “A gente corre atrás de recursos e de dinheiro, e agora estamos devolvendo. É um erro grosseiro. Vamos devolver recurso da educação. Dinheiro que estava na conta do município. Como não notaram que o recurso tinha entrado depois de um ano e meio de gestão?”, questionou.

Distrato ocorreu em 2016

O trâmite para a compra do ônibus escolar iniciou em 2013, mas só em novembro de 2014 o MEC autorizou o pregão eletrônico para a aquisição do veículo. A vencedora da concorrência pública foi a empresa Iveco Latin America Ltda, de Sete Lagoas, em Minas Gerais. O contrato foi assinado pelo ex-prefeito no dia 13 de janeiro de 2015.

Naquele mesmo ano, em um expediente interno da administração, discutiu-se o rompimento do contrato firmado meses antes, em função da “restrição de recursos do FNDE”. Diante disso, o então prefeito assinou, em 25 de fevereiro de 2016, o distrato com a empresa vencedora do edital, extinguindo qualquer acordo.

Mesmo assim, em dezembro de 2016, o MEC enviou o recurso para Lajeado. Esse entrou efetivamente nos cofres da prefeitura em janeiro de 2017. Um ano depois, o Executivo encaminhou ofício ao FNDE, solicitando mais tempo para execução do termo de compromisso. A entidade negou, afirmando que o prazo expirou em dezembro de 2016.

Novo posto de saúde

Também foi aprovado na sessão de ontem o desmembramento de uma área localizada no bairro Santo Antônio, e que servirá de local para instalação da futura Unidade Básica de Saúde e posterior ampliação do cemitério instalado na divisa com o Jardim do Cedro.

A proposta já havia sido votada e aprovada em 2016. Contudo, à época, não foi observado, na elaboração do memorial descritivo e dos mapas, uma faixa não edificante de 14 metros que deve circundar a área destinada ao cemitério, conforme dispõe o Plano Diretor.

Rodrigo Martini: rodrigomartini@jornalahora.inf.br

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