Câmara aprova reajuste de 4% ao funcionalismo

Teutônia

Câmara aprova reajuste de 4% ao funcionalismo

Servidores receberam reajuste acima da inflação. Condução do novo presidente da câmara é criticada

Por

Câmara aprova reajuste de 4% ao funcionalismo
Teutônia

Os salários dos servidores municipais foram reajustados em 4%, em sessão extraordinária do Legislativo nessa sexta-feira, 22. O vale-alimentação recebeu aumento de 5%. Os vencimentos do prefeito, vice-prefeito, secretários e vereadores, aposentados e pensionistas foram atualizados conforme a inflação oficial de 2017, 2,95% (IPCA).

Os valores do reajuste do funcionalismo ficaram abaixo dos pedidos pelos sindicatos. Em negociações com o Executivo, representantes das categorias solicitaram 6,5% no dissídio coletivo e 10% no benefício para refeições. Os parlamentares aprovaram a proposta do governo por unanimidade.

06_A HORA

Na discussão da matéria, Pedro Hartmann (PMDB) considerou “muito pequeno” o aumento e lembrou que o valor é metade do que foi concedido no ano anterior. O parlamentar exemplificou que o reajuste representa apenas cerca de R$ 60 a um servidor que ganha em torno de R$ 1,5 mil.

“O reajuste se baseia no índice de inflação da União. Mas se avaliarmos algumas coisas que são básicas para o nosso trabalhador nós temos certeza que não é essa a inflação real”, argumentou Hartmann. Segundo ele, um aumento maior no vale-alimentação beneficiaria aqueles que recebem menos.

Da base governista, Marcos Quadros (PSDB) disse que é preciso ressaltar o “aumento real” em relação ao índice inflacionário (1,05%). Ele destacou que o governo também concedeu em 2017 o reajuste de 8%, 3,13% acima da inflação do período (de 4,8%).

Conforme o vereador, a atual gestão é responsável por um dos maiores aumentos reais do município e, neste ano, propôs o maior em relação a outras cidades da região.

“Regime militar”

Na ordem do dia, também esteve a proposta do Executivo que “disciplina” a concessão de patrocínios por órgãos da administração direta e indireta. Aline Röhrig Kohl (PP) pediu mais tempo para análise do projeto. Segundo ela, a matéria não apresentava detalhes, como quais entidades estarão aptas a receber patrocínios e como será a escolha dos contemplados.

A solicitação foi recusada pelos parlamentares da base. Em seguida, o presidente da câmara, Juliano Körner (PSDB), colocou o projeto em votação. De acordo com parlamentares da oposição, não foi respeitado o tempo para a discussão da matéria após a rejeição do pedido da vereadora, conforme determina o regimento interno.

“Após o pedido de vistas ter sido votado, ainda queríamos discutir e colocar mais alguns apontamentos, e a discussão foi simplesmente finalizada”, critica Diego Tenn Pass (PDT). “A minha preocupação e a minha pergunta é se, em 2018, a câmara de vereadores vai ser próxima a um regime militar, onde não vai ter espaço para discussão e interrogações?”, questionou.

Alexandre Miorim: alexandre@jornalahora.inf.br

Acompanhe
nossas
redes sociais