Plano Diretor cria centros e muda ocupação do solo

Lajeado

Plano Diretor cria centros e muda ocupação do solo

A câmara de vereadores ficou lotada. Ontem, o governo apresentou a proposta do novo Plano Diretor. Zoneamento e ocupação do solo buscam identificar características de cada do município e evitar distorções no futuro

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O governo municipal realizou ontem audiência pública para tratar sobre a revisão e atualização do Plano Diretor Lajeado 2040. O evento ocorreu no auditório da câmara de vereadores. O plenário estava lotado. A apresentação foi do secretário de Planejamento (Seplan), Rafael Zanatta, e contou com a participação de diversos líderes comunitários e vereadores.

A elaboração do projeto iniciou no primeiro semestre deste ano, sob coordenação do arquiteto e urbanista, Enio Perin. Todo o trabalho também contou com a participação de agentes públicos e profissionais do município, do Fórum de Entidades, e outras instituições civis, como a Seavat.

Para ouvir as demandas da comunidade, foram realizadas 30 reuniões com as 33 associações de bairros existentes no município. Após, em setembro, foi realizada a primeira audiência pública do plano.

Ontem, Zanatta apresentou o esboço final do planejamento do Executivo. A proposta de zoneamento do uso e ocupação do solo teve como objetivo, segundo o governo, de identificar as características de cada região do município e “evitar distorções no desenvolvimento ao longo do tempo”.

Na área urbana, os parâmetros urbanísticos ou construtivos e os usos funcionais admitidos serão os relacionados, conforme a proposta do novo plano, às “zonas territoriais”. Serão nove: Residencial 1; Residencial 2; Residencial 3; Comercial 1; Comercial 2; Comercial 3; Industrial; Zonas Especiais; e Zona de Controle Especial.

Esta última, diz Zanatta, serão caracterizadas pelo controle da baixa densidade das áreas loteáveis e atividades permitidas, e deverão seguir termo de referência específico para implantação de qualquer atividade. Em princípio, essas devem ser implantadas em pontos dos bairros Imigrante e Carneiros.

Vereadores e sociedade civil questionam alguns pontos do projeto, que ainda será votado na câmara. Texto do projeto foi elaborado após estudo

Vereadores e sociedade civil questionam alguns pontos do projeto, que ainda será votado na câmara. Texto do projeto foi elaborado após estudo

Novas zonas comerciais

O governo também quer incentivar a criação de novos polos comerciais em bairros mais distantes do centro. Entre esses, uma área entre o Bom Pastor e o Moinhos D´água, em um espaço próximo às ruas Etvino Stein, Aury Sturmer, Alexandre Siqueira e Hermes Jaeger, e envolvendo ainda o prolongamento da Av. Benjamin Constant.

Também foram delimitados pontos comerciais às margens das rodovias ERS-413 e 421, nos bairros São Bento e Conventos. Pela proposta, apenas um lote será destinado para a zona comercial nestes pontos. O mesmo ocorrerá com um trecho da Av. Alberto Muller, no bairro Alto do Parque, também com limitação para a face da via pública.

Centralidades

O estudo também criou oito centralidades na área urbana do município. Essas estarão espalhadas pelas sete Unidades Territoriais de Planejamento (UTPs), que envolvem todos os bairros. O objetivo, segundo Zanatta, é criar anéis viários interligando estes espaços, e também criar o conceito de cidade “mista”, onde cada UTP tenha condições de ser “auto-sustentável”, evitando assim tantos deslocamentos por parte dos moradores.

Melhores travessias

O novo plano diretor ainda pretende criar melhores alternativas para entrada e saída de bairros cortados por rodovias. Entre os pontos a serem debatidos, acessos para Imigrante, Conventos, Olarias e Montanha. “Há uma ineficiência histórica na divisão da cidade, forçando grandes deslocamentos. A intenção é diminuir a necessidade dos antigos centros comerciais”, sustenta o governo.

Rodrigo Martini: rodrigo@jornalahora.inf.br

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