Baita, Univates!

Opinião

Rodrigo Martini

Rodrigo Martini

Jornalista

Coluna aborda os bastidores da política regional e discussão de temas polêmicos

Baita, Univates!

Por

Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Uma semana após a impactante notícia, ainda é emocionante lembrar a mais recente conquista da Univates. A pequena e acanhada Fates dos idos das décadas de 80 e 90 cresceu. Virou universidade. E juntos crescemos todos. O fenômeno acadêmico nascido nos limites do São Cristóvão – agora bairro Universitário – rompeu barreiras. E eu fiz parte dessa empolgante história, recém-iniciada.
Vou contar o meu enredo. Eu fui estudar na “Univates” em 1993. Tinha 11 anos. Deixei o Ceat e “migrei” para a então “escola municipal junto à Fates”. Uma grande experiência. Talvez a principal na minha “inocente” infância.
Só haviam três edificações na área ocupada hoje por 25 prédios. A cidade acabava ali. O pioneiro prédio 1, claro, já estava de pé. Havia um quiosque de alvenaria nos fundos, servindo de bar, auditório e tudo mais, além de sediar inúmeros e emocionantes torneios de pingue-pongue na improvisada mesa, constantemente consertada pelos próprios alunos.
As aulas de Educação Física eram realizadas no paralelepípedo do estacionamento do prédio 1, entre os canteiros. Lá, as bolas de futebol viravam retalhos em poucos dias. Tudo era no improviso. As redes de vôlei e as demarcações para as disputas no “caçador” eram cordas amarradas nas – hoje – imponentes árvores. Tudo melhorava quando caminhávamos até o Centro Esportivo Municipal, ou Ginásio Mário Lampert.
Mas as provas mais legais, sob coordenação do professor “Kiko”, eram na sede da antiga Febem, instalada, à época, a duas ou três centenas de metros da nossa antiga escola. Era o time da Fates contra os internos. Bons jogos de futebol. Alguns mais ríspidos. Mas um baita aprendizado de vida.
Lá, convivi e aprendi com boas professoras. Além do Kiko, claro. A maioria atua, hoje, na Escola Municipal Porto Novo. Giovana, Luciana, Márcia, Mercedes, Cecília foram algumas delas, e até a atual suplente de vereadora, Eloede. Muita brava, lembro.
No início do “2º grau”, a partir de 1998, permaneci nos prédios da Fates. Naqueles três anos, provei algumas melhorias. O campo de futebol 7 e as canchas de basquete e vôlei são exemplos, além de alguns escassos acessos à internet nos primeiros laboratórios de informática, e o crescimento da biblioteca.
Lá, convivi e aprendi com outros bons professores. Marne, Rosângela, Rosane, Eliana, Marlene, Rogério. Tinha também o André Jasper, na Biologia. O Dante, na Filosofia, e a Adelaide, a mais carismática, nas aulas de História e Geografia. E não posso esquecer do “Zé”, que insistia na Educação Física quando todos só queriam jogar futebol.
Eu vi cada um dos novos prédios ser construído. Tive que desviar de muitas obras nos diversos caminhos percorridos por mim entre a casa de meus pais e as salas de aula improvisadas nos prédios da Fates. Lembro dos pastéis da cantina do Adi Cerutti. E do cachorro-quente de “dois pila”. Era bom!
[bloco 1]
Não satisfeito em fazer o “1º e o 2º grau” por lá, também fiz parte da primeira turma de graduação em Comunicação Social, em 2001. O curso era Publicidade e Propaganda. Na aula magna, lá estava eu, com 19 anos, ao lado de outros tantos que seguiram ou não na área.
Meu período na graduação foi longo. Me formei aos poucos. Entrelaçando experiências profissionais com a vida acadêmica. Troquei de curso. Em 2006, ingressei no recém-criado Jornalismo. Lá, tive bons e maus professores. Fui por vezes um bom aluno, e por tantas outras um péssimo estudante.
Desse nem tão breve período, lembro com apreço do Leonel, do Flávio, Micael, da Jane, Sandro, Elizete, Demétrio, e dos “Britos”, Wanderlei e João. Todos me aturaram. E eu aturei eles. Uma troca, no fim das contas, sempre positiva. Sempre. E com certeza esqueci alguém.
Eu sempre brinquei que era “patrimônio histórico” da Univates. Me formei em 2012. E nunca mais voltei a estudar lá. Hoje, meus contatos com a instituição são no campo jornalístico. Aprendi a conhecer melhor a reitoria, sempre por detrás de todo esse crescimento.
Hoje sei que o Ney é um cara gente boníssima. Competente, e obviamente não fez nada sozinho. Desde o início, desde os primórdios da década de 60, a entidade sempre foi conduzida por uma equipe de obstinados profissionais. O resultado, meteórico, está aí.
Com uma semana de atraso – meus ex-professores compreendem –, parabéns, Univates. E obrigado!


Economia em Lajeado

A equipe de Compras e Licitação da prefeitura de Lajeado corrige este colunista. O edital de licitação para aquisição de material de jazida foi publicado, sim, no Diário Eletrônico do município. Mais precisamente no dia 6 de julho. E o melhor. Além de me corrigirem, os funcionários do setor informam sobre a economia gerada com o novo contrato: R$ 1,1 milhão a menos para os 21 itens previstos no futuro acordo. Entre esses, areia, brita, cascalho, rachão e pedrisco basalto.


Concursos públicos sob suspeita

A Promotoria de Justiça Especializada Criminal oferece duas denúncias ao Judiciário de Guaporé sobre as investigações da Operação Cobertura, que apura fraudes em concursos públicos. Os crimes teriam sido cometidos na elaboração e execução de concorrências em Dois Lajeados e São Valentim do Sul. Foram denunciadas nove pessoas. As empresas envolvidas são a IDRH, Energia Essencial e ME/SS1 Concursos e Assessoria. Eu também desconfiaria de outras.


Ranzi despretensioso. Bastidores fervem

Que os vereadores gostam de se esquivar de uma CPI a gente sabe. Na sessão passada, Carlos Ranzi (PMDB) deu mostras de que a esquiva deve se repetir em 2017.
O parlamentar, em vez de iniciar a busca de apoio para abertura da comissão, só fez um despretensioso comentário. Internamente, o Executivo reavalia termo aditivo que aumentou o custo do contrato, após acréscimo na tonelagem média das coletas. Já nos bastidores, integrantes do próprio governo questionam a presença constante de dirigentes da empresa na prefeitura.


Tiro curto

– Sobre o gasto de R$ 494 mil em horas extras pelo governo de Lajeado só em 2017: acumulado do ano passado ou não, gastar em horas extras só é aceitável se o serviço é indispensável para a comunidade. Mas, como parte da política se resume a olhar para o próprio umbigo, vai ter gente defendendo certos exageros;
– Deputado estadual, Enio Bacci (PDT) protocola projeto que permite ao Estado usar veículos recolhidos aos Centros de Remoção e Depósito e não retirados pelos donos em até 90 dias. Em 2017, foram removidos 74 mil veículos. Cerca de 10% continuam nos depósitos;
– Em Teutônia, o MP arquivou investigação sobre a destinação de uma área verde na rua Paulo Ernesto Horst. Eram investigados a Associação de Moradores do Bairro Allesgut e o Governo de Teutônia;
– Já em Tabaí, o MP arquivou inquérito aberto em 2011 sobre nepotismo no Legislativo;
– Em Colinas, o Executivo gastará R$ 25 mil na reforma do posto da BM, de responsabilidade do Estado;
– As sessões da câmara de Lajeado já são transmitidas ao vivo pelo Facebook, toda terça-feira, a partir das 17h;
– Após dois meses, o governo de Encantado passa a contar com secretário de Obras. Quem assumiu, dia 1º, é Fabiano de Souza Costa;
– Iniciam as apostas nos bastidores: uma nova empresa de limpeza de caixa d’água pode estar surgindo no pedaço. O mesmo deve ocorrer na área de manuseio de resíduos sólidos;
– O Dr. Sérgio Bertoglio, 85 anos, ex-presidente da Unimed VTRP, assinou ficha de filiação no Partido Novo, em Lajeado;
– No fim do mês, informa a 3ª CRE, serão entregues nas escolas estaduais os primeiros jogos e brinquedos confeccionados pelos detentos do Presídio Estadual de Lajeado;
– Tem fiscais de duas grandes prefeituras se descabelando para monitorar um carro-pipa terceirizado que parece gostar da “ponte aérea” sobre o Rio Taquari.

Boa quinta-feira a todos!

Qualquer que seja a aparência da novidade, eu não mudo facilmente, com medo de perder com a troca.”
Michel de Montaigne

 

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