Temer e o fracasso do sistema político

Opinião

Fernando Weiss

Fernando Weiss

Diretor de Mercado e Estratégia do Grupo A Hora

Coluna aborda política e cotidiano sob um olhar crítico e abrangente

Temer e o fracasso do sistema político

Por

Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

O presidente Michel Temer usa e abusa de todos os artifícios que o sistema público brasileiro – apodrecido e vencido – lhe faculta. Tenta resistir na presidência distribuindo emendas parlamentares, como fez antes da votação da Reforma Trabalhista.
Usa dinheiro público para comprar, de forma explícita, o apoio dos deputados na votação de hoje, quando o Congresso decide se avança a investigação da denúncia da Procuradoria-Geral da República. Mais do que se manter presidente, Temer luta para ficar longe do alcance da Justiça, pois sabe que, se afastado do cargo, perde regalias e o tal foro privilegiado. Para quem tem rabo preso por todo lado, seria o prenúncio de dias nebulosos pela frente.
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Pelo visto, os deputados se venderam e Temer deve escapar. Mas não deveria. Ao contrário do que se projeta, deputados fariam bem à nação se autorizassem o seguimento do processo no STF. Os fortes indícios de que Temer cometeu crimes não podem simplesmente ser engavetados por uma troca espúria de favores.
Temer se tornou tão tóxico ao país que já há quem diga que defenestrá-lo facilitaria a gestão da economia e a aprovação das reformas. Não sobrou sequer o discurso de que um novo impeachment traria efeitos deletérios ao país. Se Temer realmente escapar, como se prevê, estamos desperdiçando uma excelente oportunidade para continuar no caminho de limpeza e moralização em Brasília.
Por outro lado, nos esfrega na cara que não podemos dar tanto crédito ao invólucro jurídico desse processo, pois a arbitragem será, a exemplo dos casos de Collor e Rousseff, sobretudo política. É o mais claro sinal de fracasso do sistema político, que apresenta alternativa a um presidente cuja capacidade de liderar o país e o Congresso foi arruinada. Os partidos tradicionais continuam atrelados aos velhos oligarcas de sempre.


Boa saída

Diante da ineficiência do poder oúblico, Estrela busca uma saída para ter abrigos de ônibus mais adequados. De autoria de João Braun, vereadores aprovaram medida que permite às empresas construir e preservar os espaços. Em contrapartida, podem explorar o local com publicidade. Um processo licitatório para selecionar as empresas foi sugerido ao prefeito.
Uma vez construídas as paradas de ônibus, devem ser doadas ao patrimônio público, enquanto a manutenção continua a cargo das empresas. Em Lajeado, medida similar ocorre nas praças, onde adotam os espaços e se responsabilizam pela manutenção.


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Para aprender

O Sincovat e o jornal A Hora lançam amanhã à noite o primeiro Fórum Estadual de Gestão e Empreendedorismo, previsto para setembro, em consonância com a Construmóbil e a Semana Acadêmica da Univates.
Entre outras coisas, o lançamento apresentará a lista completa de painelistas. Especialistas de renome nacional farão do fórum uma grande oportunidade de aprendizado.


A nossa universidade

 
“A vida ensina tudo. E uma das lições que ela me ensinou e que eu mais valorizo é a de que, para fazer coisas grandes, tem que fazer com os outros. E, para fazer com os outros, é preciso ter um propósito comum”, escreveu Nizan Guanaes, em artigo publicado no jornal Folha de São Paulo de ontem. Nizan é publicitário e dono do maior grupo publicitário do país, o ABC.
Ao ler o texto, associei-o à história recente da Univates. Lembrei-me de uma citação do reitor Ney Lazzari, em 2005, no discurso ao ser recolocado no cargo.
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Para produzir o caderno dos 15 anos do jornal (veiculado no fim de semana), passei as últimas semanas revirando edições antigas do A Hora, e encontrei a de 15 de janeiro de 2005, página 6:
E como deu para fazer mais, né reitor? O propósito bem definido, a habilidade de liderança e o engajamento de centenas de corações, mãos e mentes transformaram, 12 anos depois, o centro universitário em universidade. Mas não em qualquer universidade. Na nossa universidade.


Foco no turismo

Marques de Souza inicia projeto para fortalecer o turismo rural. Iniciativa é do prefeito Edmilson Dorr, com o apoio do Senar. Pelo menos nove reuniões ocorrem com as comunidades a partir de setembro. Criar a cultura do turismo começa pelo convencimento e participação da sociedade, principal agente para o sucesso do projeto.


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Para encher o tanque

Os postos de combustíveis de Lajeado estão com os preços médios mais baratos do estado. Melhores do que nos estabelecimentos de Porto Alegre. Isso é histórico, já que os valores no interior sempre costumam ser maiores do que na capital.
A diferença se aproxima de R$ 0,50. Em Lajeado, o preço mais baixo encontrado é de R$ 3,54, enquanto na capital gira na faixa de R$ 3,99. Resta aguardar quanto tempo essa gangorra penderá para o nosso lado. Vale a pena encher o tanque.
Entre outras razões, donos dos postos lajeadenses não aumentaram os preços após a imposição judicial, derrubada horas seguintes. Agora, ninguém quer ser o primeiro a aumentar. Que a vaidade e o jogo continuem por longos dias.

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