Reforma e caderno no forno

Opinião

Fernando Weiss

Fernando Weiss

Diretor de Mercado e Estratégia do Grupo A Hora

Coluna aborda política e cotidiano sob um olhar crítico e abrangente

Reforma e caderno no forno

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03_AHORAO fim do mês de aniversário do jornal A Hora será especial. Duas novidades serão apresentadas no último fim de semana de julho, em comemoração aos nossos primeiros 15 anos.
A primeira estará na aparência e na roupagem do jornal. O estilo gráfico e layout das páginas não mudam desde 2010. Chegou a hora de atualizar e inovar. Estamos caprichando e nos dedicando com esmero para melhorar a apresentação e a cara do A Hora. Aguardem!
O outro produto que está saindo do forno é o caderno especial sobre os 15 anos. Ao contrário do usual, não falaremos apenas sobre o jornal. Estabelecer uma linha do tempo sobre a recente história do A Hora é inevitável, ainda assim, o Vale do Taquari e os nossos leitores serão a principal matéria-prima do caderno. As evoluções ao longo desta década e meia, as conquistas e perdas, as reportagens mais impactantes. As mazelas que nos perseguem e as características que nos identificam.
E o futuro do jornal? Essa pergunta, de resposta complexa e imprecisa, será abordada em muitas entrevistas, reflexões e projeções. Ouvimos jornalistas, donos de outros veículos de comunicação, publicitários, anunciantes e leitores sobre o que pensam e esperam dos jornais. O valor das marcas e a estratégia para aproveitar as oportunidades e desafios da revolução tecnológica. Tudo isso estará reunido em uma publicação que terá pelo menos 80 páginas e circula no dia 29.


coluna fernando sebben

Começou bem

Por mais que pareça ufanista a ideia de colocar o Lajeadense na Série A do Campeonato Brasileiro em dez anos, o novo presidente do Alviazul, Alexandre Sebben, empossado na segunda-feira, mostrou humildade e disposição para enfrentar os sérios problemas do clube. Recuperar o prestígio e a confiança do torcedor passa por um “trabalho de formiguinha”, como ele mesmo classificou.
Sebben também falou em transparência, pés no chão e valorização da base. No seu primeiro discurso, o novo comandante do Lajeadense mostra estar ciente do tamanho do desafio, e acerta quando fala que é preciso ter foco e pensar grande para tirar o clube do enrosco que está metido. Boa sorte, Sebben.


Sem saída

Se continuar neste ritmo, o governo de Marcelo Caumo e Glaucia Schumacher chegará ao fim sem que a polêmica sobre o estacionamento rotativo esteja solucionada. Isso que faltam mais de três anos de mandato. Esta semana, podem surgir novas mudanças. Ou seja, as regras trocam na mesma intensidade com que trocamos de camisa. O enrosco é grande.


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O lixo, outra vez

Problemas relacionados à contratação de empresa para o serviço de coleta de lixo em Estrela não são inéditos na cidade. Em 2009 (reprodução na foto), na gestão do ex-prefeito Celso Bronstrup (morto em 2014), irregularidades apontavam que o município pagava R$ 11,3 mil a mais do que o necessário, já que a empresa (Conesul Soluções Ambientais) trabalhava com estrutura menor do que previa o edital de licitação e ainda usava o mesmo espaço para atender outras cidades.
Agora, no mesmo município, as suspeitas são de apropriação indevida do serviço e, por consequência, denúncias de omissão por parte de agentes públicos. Inclusive o prefeito Rafael Mallmann é citado como réu.
Caso em Lajeado. Ao falar em irregularidades no serviço de coleta de lixo, a memória nos conduz para a polêmica criada em Lajeado, no terceiro mês do governo anterior. Um cartel escancarado, com contratos emergenciais mal explicados, brigas estapafúrdias e reuniões secretas expuseram uma prática predadora e de favorecimento pessoal.
Pelo histórico de polêmicas criadas em torno do tema, sugere-se mais atenção e melhores critérios para definir os formatos e modelos. Entra e sai governo, os problemas se repetem. Por que será?


Em campanha

O ex-prefeito de Arroio do Meio, Sidnei Eckert, do PMDB, que também ocupa o cargo de superintendente do Departamento Estadual de Produção Mineral, está com a pré-candidatura a deputado estadual bem construída e já encaminhada em cinco municípios da região. Tem mantido reuniões constantes e permanentes com lideranças empresariais e políticas de várias cidades. Um desafio e tanto é convencer o próprio partido a fechar acordo em torno de seu nome, o que não será tão fácil.
Sérgio Kniphoff, vereador do PT de Lajeado, também se articula, assim como Luís Fernando Schmidt, do mesmo partido. Enio Bacci, do PDT, é pré-candidato automático à reeleição. Os demais partidos já anunciaram que terão concorrentes no próximo ano. O número de postulantes do Vale a uma vaga na Assembleia não ficará abaixo de dez, mais uma vez. Permite antecipar que as chances de sucesso serão mínimas, de novo.


Era pra ontem. Ficou pra hoje

O secretário estadual da Segurança, Cezar Schirmer, havia prometido para ontem vir a Lajeado anunciar as medidas solicitadas pela comitiva regional para o presídio local. Não veio e parece ter refeito a promessa para hoje.
O juiz Luís Antônio de Abreu Johnson condicionou a desinterdição da casa prisional ao atendimento das propostas apresentadas a Schirmer na quinta-feira passada. Entre as exigências, a devolução para as comarcas de origem dos presos da Região Metropolitana, que foram encaminhados para Lajeado e Venâncio Aires.
Aliás, um exercício simples de memória nos permite lembrar que o governador Tarso Genro, quando inaugurou o presídio em Mariante, assegurou às autoridades regionais que aquele espaço era, exclusivamente, para presos dos vales do Taquari e do Rio Pardo. Passados pouco mais de dois anos, a penitenciária está abarrotada de detentos, e pasmem, a maioria da Região Metropolitana.

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