Esqueceram de fazer os remendos

Opinião

Fernando Weiss

Fernando Weiss

Diretor de Mercado e Estratégia do Grupo A Hora

Coluna aborda política e cotidiano sob um olhar crítico e abrangente

Esqueceram de fazer os remendos

Por

Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

O impasse estabelecido em torno da construção do novo hospital para a FundeF, no bairro Universitário, é o retrato da falta de cumprimento histórico do Plano Diretor de Lajeado. A casa de saúde foi projetada em área onde se permitem apenas edificações residenciais. E o pior, com o aval do prefeito e secretário de Planejamento do governo anterior, mais o consentimento do engenheiro contratado pela FundeF.
Nas últimas décadas, obras projetadas em contraste ao que estabelecia a lei municipal eram viabilizadas mediante remendos. Um ajuste ali outro acolá atendia as conveniências individuais, fazendo do Plano Diretor uma colcha de retalhos. Pelo modo operacional, o caso da FundeF seria apenas mais um.
A declaração do engenheiro Jeferson Queiroz, ao A Hora de ontem, é o resumo trágico. “É claro que sabíamos. Tenho 30 anos de experiência. Ocorre que, na época, tanto o prefeito como a secretária do Planejamento me indicaram o terreno. Obviamento, cabia a eles alterar o Plano Diretor”. Cabe invulgar que, após essa declaração, Queiroz já antecipou que não cobrará por qualquer adaptação que precisará ser feita no projeto, caso transferido para outro local.
Criada a polêmica, resta ao governo atual e à direção da FundeF buscar uma saída plausível, que não é nada fácil diante do tamanho do engodo.
Refazer o Plano Diretor foi a primeira medida mais concreta do prefeito Marcelo Caumo. A decisão se torna mais acertada toda vez que impasses e polêmicas se erguem diante de um ordenamento inadequado. Ainda é prematuro falar sobre a eficiência e eficácia de Ênio Perin, chamado para refazer o plano lajeadense. Mesmo assim, representa um alento e uma esperança para que tenhamos um Plano Diretor à altura do que a cidade precisa e merece.


RECAPEAMENTO: buracos e desníveis incomodam faz tempo. Recapeamento é urgente e atende reclamação diária dos motoristas. Sete centímetros de asfalto  sobre a pista atual  deixarão as duas vias  em situação de novas.

Buracos e desníveis incomodam faz tempo. Recapeamento é urgente e atende reclamação diária dos motoristas. Sete centímetros de asfalto sobre a pista atual deixarão as duas vias em situação de novas

Sete centímetros

O governo de Lajeado realiza nos próximos dias recapeamento asfáltico na avenida Benjamim Constant, entre o Posto Faleiro e a escola Madre Bárbara, e também na rua João Abott, em extensão similar.
A medida é urgente diante da precariedade das duas pistas, tomadas por buracos e desníveis, onde as paliativas operações tapa-buracos já não resolvem nada. A camada de asfalto do recapeamento terá 7 centímetros, conforme informa o chefe do Setor de Projetos Especiais, Isidoro Fornari Neto. Preparem as réguas!


Concurso não é contrato

A anúncio da realização de concurso público para 6,1 mil servidores para a Brigada Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros soa como serenata nos ouvidos dos gaúchos. Os galopantes índices de segurança pública do estado deixam a sociedade em constante alerta, à espera de uma resposta consistente do governo Sartori.
A notícia sobre o concurso dá uma esperança de que os sucateados postos das polícias terão reforço no efetivo. Mas nada além do que esperança. É oportuno e necessário dizer que concurso não é soldado contratado. Sabemos, sem necessidade de ser especialista em gestão financeira, que o Estado é incapaz de contratar 6,1 mil novos servidores, onerando o caixa mensal em quase R$ 40 milhões. Já parcela salário dos servidores faz 17 meses.
Sem desmerecer o anúncio do governador Sartori, ontem pela manhã, mas realizar concurso para 6,1 mil novos agentes policiais, sem projetar ou definir quantos efetivamente serão convocados, é impreciso e insuficiente. Mais do que isso. Se não contratar boa parte dos aprovados, a medida não passará de oportunismo político e de manipulação da opinião pública.


Primeira edição do A Hora (acima) circulou em 1º de julho de 2002, com 12 páginas. Caderno especial mostrará as transformações nestes 15 anos, tanto do jornal quanto do Vale. Aguardem!

Primeira edição do A Hora (acima) circulou em 1º de julho de 2002, com 12 páginas. Caderno especial mostrará as transformações nestes 15 anos, tanto do jornal quanto do Vale. Aguardem!

A Hora 15 Anos

Comemoramos neste mês de julho os primeiros 15 anos do jornal A Hora. Uma série de novidades e inovações serão apresentadas nas próximas semanas, com destaque para a nova roupagem do jornal. Um estilo gráfico atualizado e contemporâneo dará nova cara ao impresso. Leitores, queremos deixar o jornal de vocês cada vez melhor!
Ao lado disso, um caderno especial está em produção. Ele coteja a transformação do A Hora e da região ao longo destes 15 anos, sem deixar de falar e analisar o futuro dos jornais e a influência da comunicação na sociedade. Como diz o chavão: o aniversário é nosso, mas o presente será de vocês.
 
 

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