Entidades agregam forças contra as drogas

Lajeado

Entidades agregam forças contra as drogas

Cooperação visa atenuar danos da dependência

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Entidades agregam forças contra as drogas
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Representantes do Fórum Municipal de Enfrentamento à Drogadição e do Conselho Municipal de Entorpecentes (Comen) assinaram termo de cooperação. O ato ocorreu ontem à tarde, na Secretaria da Educação (SED), e teve como objetivo unificar as atividades das entidades, formadas por integrantes da sociedade civil organizada e do poder público.

A partir de agora, o Fórum e o Comen terão as mesmas agendas, e farão reuniões periódicas de modo conjunto a fim de atuar na prevenção ao uso de drogas e recuperação de dependentes químicos. “Nenhuma das entidades irá se dissolver, apenas fortaleceremos nossas ações, e planejaremos juntos”, explica o coordenador do fórum, delegado Juliano Stobbe.

O foco é agregar.“Hoje, há vários grupos fazendo ações isoladas, dando alimentos, roupas, propiciando tratamento, mas precisamos unir essas forças, para tornar esse trabalho mais potente”, explica a vice-presidente do Comen, Márcia Raquel de Azevedo, do Caps AD.

Ela acredita que a partir dessa junção também possam surgir novos interessados em auxiliar na causa. “Precisamos ter esse olhar. Não deixar essas pessoas invisíveis. Buscar de alguma forma atender essa demanda, que tem aumentado nos últimos anos”, ressalta.

Ampliando a discussão

A primeira troca de ideias ocorreu antes mesmo da assinatura do termo. Uma das pautas em debate foi a assistência aos moradores de rua. Desde março, com o fechamento da Casa de Acolhida, apenas o Abrigo São Chico oferta atendimento para essa população. Ao todo, são 30 vagas, algumas femininas, oferecidas por meio do cumprimento de uma série de regras.

[bloco 1]

Porém, para os integrantes das entidades, é necessário uma segunda alternativa, com limites mais abrangentes, como ocorria na Casa de Acolhida. “Ela veio ao encontro do que as pessoas queriam. Tinham um lar, lugar para tomar banho, comer, mas ao mesmo tempo sem a obrigação de permanecer lá”, comentou uma das componentes do Comen.

[bloco 2]

A ideia é que, a médio prazo, se faça um movimento para reabertura da casa. O que hoje seria impedido pela falta de recursos. “Essa simplicidade tinha uma complexidade, transformou-se num espaço de referência. Se tentar colocar o pessoal do São Chico na casa não vai dar certo. O mesmo ocorreria do contrário.”

Para Márcia, as estruturas são essenciais à recuperação dos moradores de rua.“Não é uma forma de combate às drogas. Mas uma maneira de evidenciar a eles que existem outras possibilidades na vida.”

Realizar oficinas nos abrigos, durante o dia, também é um dos objetivos das entidades. “É um pedido dos próprios moradores de rua. Eles querem uma ocupação, e também um lugar para ficar aos domingos, que é o pior momento da semana para eles.”

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