Emater estima aumento de 8% nas vendas

Vale do Taquari

Emater estima aumento de 8% nas vendas

Preço médio do quilo será de R$ 8,50. Serão oferecidas mais de 358 toneladas

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Emater estima aumento de 8% nas vendas
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O peixe é o alimento tradicional da Semana Santa, especialmente na Sexta-Feira Santa. Por conta dessa tradição, a procura aumenta. A venda ocorre em feiras, direto nas propriedades, à beira do rio ou nos mercados.

Segundo o zootecnista e assistente técnico de Produção Animal, João Sampaio, a meta é oferecer pescado ao consumidor em feiras periódicas em todos os municípios como já ocorre em Estrela (a cada 15 dias), Fazenda Vilanova, Maratá, Salvador do Sul e Arroio do Meio, onde a comercialização é feita nos roteiros do turismo rural. “Além de ser um alimento saudável, é uma excelente fonte de lucro”, afirma.

De acordo com Sampaio, no feriado santo do ano passado, foram vendidos 332,3 mil quilos (peixe de água doce e salgada), 304 pontos, nos 55 municípios atendidos pela Emater. “Estimamos um aumento de 8% nas vendas este ano”, projeta. A movimentação financeira chegou a R$ 2,8 milhões. A região tem 4.482 produtores, cujo espelho d’água é de 1.630,59 hectares divididos em 7.059 açudes e viveiros.

As principais espécies produzidas são carpa, jundiá e tilápia. O preço médio do quilo ficará estável, cerca de R$ 8,50. Hoje a população regional consome 1,4 quilo de peixe vivo por habitante ao ano. O recomendado pela Organização Mundial da Saúde é 12 quilos.

Em todo estado, ocorreram 395 feiras e outros 6.139 locais de comercialização de peixes. O volume ofertado chegou a 4,2 mil toneladas. O levantamento da Emater iniciou em 1992.

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Referência no estado

Conforme o secretário da Agricultura, José Adão Braun, até a Páscoa, serão comercializadas em torno de 11 toneladas de peixes nas feiras de Estrela. A primeira ocorre neste sábado, na Praça Professor Henrique Roolaart, a partir das 7h. Ainda haverá venda nos dias 8, 12 e 13 de abril na praça e no bairro das Indústrias.

O quilo do pescado é vendio a: tilápia, R$ 10; carpa-capim, R$ 9; carpa-cabeça-grande, carpa-húngara e carpa-prateada, R$ 8,50. Na feira deste sábado, os consumidores têm a possibilidade de levá-los eviscerados e limpos, mediante o pagamento da taxa de R$ 3.

Braun destaca os investimentos feitos no setor nos últimos quatro anos, como a criação de um programa municipal. Além de orientação técnica, a secretaria realiza serviços de máquinas para ampliação e construção de novos viveiros.

O objetivo é qualificar e elevar a oferta de pescados. Ressalta também as reformas no prédio na feira do produtor, onde a maior parte dos peixes é vendida em feiras quinzenais, realizadas há mais de duas décadas.

Outro projeto a ser colocado em prática no segundo semestre é a venda itinerante pela região com caminhão refrigerado, cujos recursos foram repassados pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário. No município, existem 60 produtores e a produção anual alcança 30 toneladas.

Negócios em alta

O empresário Sigmar Scheer, de Roca Sales, é um dos maiores produtores de carpas e tilápias na região. O valor do quilo varia entre R$ 11,50 e R$ 25, dependendo do corte. Para Scheer, a preocupação em consumir um alimento mais saudável faz as vendas crescerem. “Registramos aumento de até 20% por mês”, calcula.

São mais de 30 açudes instalados na propriedade. Para valorizar a matéria-prima, investiu na construção de um frigorífico. “Oferecemos ao cliente cortes diversos e em quantidade menores”, explica.

Para este ciclo, até a Páscoa, projeta um aumento de 10% nas vendas.

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