Imunização começa sem doses gratuitas

Vale do Taquari

Imunização começa sem doses gratuitas

Vacina da aftosa é aplicada em animais com até 24 meses. Cada unidade custa R$ 17

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Imunização começa sem doses gratuitas
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Nesta segunda etapa da imunização de bovinos e bubalinos, a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi) não fornecerá doses gratuitas para produtores do Pronaf, como ocorria desde 2000.

O limite que já foi de até cem animais havia sido reduzido para dez em maio deste ano. Na época, foram distribuídas 900 mil doses, uma sobra do ano anterior, contemplando 38% dos pecuaristas do estado. Agora, os produtos não receberão o remédio de forma gratuita. Terão que adquirir as doses necessárias em casas veterinárias para imunizar os animais.

A redução gradativa do benefício era esperada pelos agricultores e sindicalistas. “Terminaram com um excelente programa. É tão pouco que nem vale a pena brigar”, lamenta o presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva. Ele teme pela falta do produto nas casas agropecuárias devido ao aumento da demanda.

A retirada do benefício preocupa o secretário da Agricultura de Estrela, José Adão Braun. É um custo a mais para o agricultor, destaca. Para reduzir as despesas, o município faz a compra via licitação com recursos do Fundo Municipal de Agricultura e repassa as doses aos produtores sem acréscimo. “Cada frasco custa até R$ 2 a menos.” Nesta etapa, serão imunizadas 7,5 mil cabeças.

Conforme o diretor do Departamento de Defesa Agropecuária (DDA) da Seapi, Antônio Carlos Ferreira, a medida foi adotada por vários fatores, entre eles, os questionamentos do Tribunal de Contas do Estado sobre a compra de vacinas. “Ainda não é definitiva a extinção. Podemos retomar”, coloca.

Produtor consciente

Até o dia 30, a meta é vacinar pelo menos 90% dos cerca de cinco milhões de bovinos e bubalinos, pertencentes a 300 mil produtores. Na abrangência da Inspetoria Veterinária de Lajeado, a meta é imunizar 26 mil animais em nove municípios.

O fiscal estadual agropecuário, Felipe Lopes Campos, reforça a necessidade de todos os produtores prestarem contas nas inspetorias veterinárias. “Está previsto em lei, quem não comprovar a aplicação será multado. O pecuarista está conscientizado da importância de vacinar o rebanho.”

Além das fiscalizações durante o período de campanha, quem deixar de declarar o rebanho vacinado será convocado a explicar os motivos. O último foco da doença foi registrado em 2001.

Oferta garantida

Conforme o gerente de compras da Associação Rural de Lajeado, Vilson Hofstaetter, foram adquiridas 24 mil doses. Cada frasco (dez doses) custa R$ 17 – mesmo valor cobrado há dois anos.

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