Produtores de leite do Vale são destaque

Vale do Taquari

Produtores de leite do Vale são destaque

Estreantes na Expointer, famílias conquistaram prêmios pela genética e produção

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Produtores de leite do Vale são destaque
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As famílias Ferraboli, Alba e Lodi, de Anta Gorda, estrearam na 39ª edição da Expointer. Juntas expuseram mais de 15 animais da raça holandesa (vacas e novilhas). Da propriedade de Paulo, 51, Diego, 26 e Diogo Ferraboli, 22, foi escolhida a grande campeã, categoria jovem. A vaca FestLeite P. Ferraboli 266 Damasco venceu ao produzir, em um dia, 65,38 litros de leite.

Na categoria adulta, a Festleite P Ferraboli 220 Shottle conquistou o terceiro lugar geral com uma produção de 64,92 litros. Ficou em primeiro lugar no quesito produtividade durante a feira.

A campeã na categoria adulta foi a vaca Dalia Propriedade Giliotto 567, do criador Lidenor Giliotto, de Serafina Corrêa, que produziu 76,69 litros de leite. A propriedade também venceu na categoria vaca jovem com o animal Dalia Propriedade Giliotto 609. O concurso ocorreu na terça-feira.

Com três anos, 266 Damasco está em seu primeiro parto e, conforme o proprietário Diogo, produz diariamente essa média de leite. “É resultado de um trabalho dedicado em que a família inteira ajudou.” Ao todo, foram expostos seis animais (três vacas e três novilhas).

A fêmea campeã está avaliada em R$ 30 mil, no entanto, Ferraboli não cogita vendê-la. A família se dedica à atividade leiteira faz 15 anos. Por dia, entregam à indústria, com sede na cidade, em média 1,8 mil litros. No mês passado, a cotação chegou a R$ 1,74 o litro. De um total de 130 animais, 58 estão em lactação. “Priorizamos a genética, o bem-estar, alimentação balanceada e a qualidade para manter a lucratividade.”

Os Alba expuseram novilhas. Na categoria vaca jovem, conquistaram o 3º lugar. O pavilhão de Gado Leiteiro, organizado pela Gadolando, recebeu 161 inscritos e 36 expositores vindos de 27 municípios. O volume representa aumento de 17% em relação a 2015.

Conhecimento

Marcos Lodi, 28, de Anta Gorda, busca aprimorar as práticas de manejo e bem-estar. Segundo ele, o setor exige um produtor bem informado, que saiba tomar as decisões certas. A produção diária soma 2,1 mil litros, vendidos para uma cooperativa de Encantado. São 75 vacas em lactação, cuja média é de 28 litros. Expôs sete animai, cada exemplar avaliado em R$ 20 mil. “Aqui conseguimos saber das novidades e rumos do setor. Conhecimento, planejamento estratégico e qualidade são prioridade.”

Nos últimos anos, investiu R$ 300 mil em infraestrutura. Até abril de 2017, a meta é produzir três mil litros de leite por dia.

Prezar pela qualidade

Formada por 56 agroindústrias do estado, a Apil é responsável por 70% da produção de queijo, fabricando, em média, 200 toneladas por dia do produto. Voltada majoritariamente para o mercado interno, oito em cada dez quilos de queijo produzidos pelas indústrias associadas ficam no estado.

O presidente da Apil, Wlademir Pedro Dall’Bosco, garante que é necessário prezar pela qualidade, entregando sempre o melhor produto para o consumidor. “O leite do RS é o melhor leite do Brasil. A fiscalização e o controle de qualidade exercidos aqui não são replicados ainda em nenhum outro estado. Hoje, não há espaço para amadorismos”, afirma.

Para o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, “buscamos o mercado externo, e a qualidade de sólidos é vital para acessar esses novos mercados.”

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