Safra de verão é estimada em 29,1 milhões

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Safra de verão é estimada em 29,1 milhões

Emater divulga expectativa de incremento de 1,6% na área e de 13,6% no volume

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Safra de verão é estimada em 29,1 milhões
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A safra de grãos no verão deve alcançar 29,1 milhões de toneladas, um crescimento de 2,20% em relação ao ciclo 2015/16. A estimativa é da Emater, tendo por base o primeiro levantamento sobre intenção de plantio.

O estudo aponta um aumento de 1,6% na área plantada, alcançando 7,463 milhões de hectares. Destaque para o milho, que no ciclo passado foi de 739 mil hectares e nesta safra poderá chegar a 805 mil, com produção de 4,8 milhões de toneladas.

Entretanto, o volume ainda é insuficiente para atender à demanda do estado, que é de seis milhões de toneladas. Segundo o secretário do Desenvolvimento Rural, Tarcísio Minetto, para motivar os produtores de milho, o governo oferecerá recursos para o Programa Troca-Troca, que distribui semente aos agricultores familiares. Pelo menos 220 mil hectares da cultura serão garantidos por meio do programa.

Caso os números apresentados se confirmem, destaca Minetto, o faturamento bruto poderá chegar a R$ 30 bilhões. Para o diretor técnico da Emater, Lino Moura, mais do que números definitivos, esse primeiro levantamento indica uma tendência quanto ao comportamento do produtor em relação à área a ser cultivada com esses cereais na safra de 2016/17.

De acordo com o presidente da Emater, Clair Kuhn, os produtores apresentam boas condições para expandir as lavouras neste ano. “Estão capitalizados, pois tiveram uma safra cheia e com bons preços. A boa oferta de crédito rural ajuda”, destaca.

A produção de arroz, feijão, milho e soja poderá ser 13,6% maior em relação ao volume médio de grãos colhidos nos últimos cinco anos. A confirmação ou não dos números dependerá, basicamente, das condições meteorológicas e da tecnologia empregada durante o ciclo das culturas. Com a possibilidade de um volume menor de chuvas, devido à ocorrência do fenômeno La Niña, a produtividade de algumas lavouras pode ser afetada.

Destaque para o arroz

A maior elevação é esperada no arroz, com uma colheita prevista de 8,35 milhões de toneladas.

Já na soja, principal cultura agrícola, a menor quantidade de chuvas deve reduzir a produção em 2,1% neste ano, fazendo com que a colheita alcance 15,85 milhões de toneladas.

No milho, é esperada uma alta de 2,6% na produção, chegando a 4,85 milhões de toneladas. A área destinada à produção de silagem terá aumento de 1,60% em relação à safra anterior, passando para 371 mil ha.

O feijão deve apresentar diminuição tanto de área plantada (39,88 mil hectares) quanto de produção (53,3 mil toneladas).

Otimismo

Junior Blume, de Teutônia, ampliará a área destinada ao milho devido à valorização. Foram semeados 54 hectares. No último ciclo, a produtividade média por hectare alcançou 7,5 mil quilos. A saca foi negociada a R$ 40. “Se o clima colaborar, teremos uma safra muito boa.”

Pedro Lenhard, de Estrela, semeou 32 hectares de milho, destinado para alimentar o rebanho de 190 vacas e novilhas. A produção chega a três mil litros por dia. Projeta uma produtividade média de 35 toneladas por hectare. “As sementes aumentaram de preço, mas precisamos investir em qualidade. Elas são o segredo de uma lavoura rentável.”

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