Câmara reprova empréstimo com BRDE

Lajeado

Câmara reprova empréstimo com BRDE

Executivo buscava financiar R$ 3 mi para pavimentações em ruas de nove bairros

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Câmara reprova empréstimo com BRDE

A primeira sessão extraordinária de 2016 foi tumultuada. Com seis votos contra cinco, os vereadores de oposição rejeitaram o projeto de lei proposto pelo Executivo para autorizar financiamento junto ao Banco Regional de Desenvolvimento (BRDE). A proposta previa operação de crédito no valor limite de até R$ 3 milhões. O Legislativo retoma as sessões ordinárias a partir de 2 de fevereiro.

O Executivo encaminhou o projeto de lei na quarta-feira aos vereadores, sem citar o nome das vias contempladas. A informação foi disponibilizada na tarde de quinta-feira. Ex-secretário de Obras (Sosur), Adi Cerutti (PMDB) questiona a escolha das ruas. “Tem obras prioritárias que não estão aqui no projeto. Colocaram essas de forma aleatória, só para justificar o projeto”, sustenta.

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Carlos Ranzi (PMDB) critica a postura do Executivo ao tentar financiar mais obras de pavimentação. “É o maior empréstimo da história de Lajeado. Nunca estivemos tão endividados”. Para o vereador do REDE, Ildo Salvi, faltou tempo para análise do projeto. “Solicitei ao secretário de Governo, Auri Heisser, para agendar uma reunião. Ele deve ter tentado. Mas ela não ocorreu.”

Líder da bancada do PT na câmara, Sérgio Rambo critica a posição dos colegas. “Gastamos mais com horas de máquina para arrumar vias não pavimentadas do que com esses financiamentos.” Para ele, a discussão pela prioridade é desnecessária. “Existem mais de 150 precisando de pavimento. Todas são prioritárias.”

Suplente no lugar de Sérgio Kniphoff (PT), Ricardo Ewald lembra que a cidade tem mais de 400 quilômetros de vias sem pavimentação. Lembra que esse tipo de financiamento também foi realizado por gestões passadas, e fala da importância para os moradores das vias. “Esse projeto serve para tirar a poeira e a lama das vias.”

“Foi uma decisão eleitoreira”
Secretário de Governo, Auri Heisser estava irritado com a rejeição. Para ele, foi uma decisão política. “A discussão sobre a relação das ruas serviu só para desviar a atenção. São mais de 40 mil metros quadrados de pavimentação que não serão feitos em função da negativa pela câmara. Foi uma decisão eleitoreira.”

Para ele, o nome das ruas era irrelevante. “Poderiam ser modificadas no futuro. Temos mais de 150 ruas para pavimentar, poderia ser qualquer uma. A decisão da câmara foi um completo absurdo. Um descaso com a população. Decidiram prejudicar a comunidade em uma tentativa de atrapalhar o governo.”

Segundo o secretário de Governo, não haverá prazo para uma nova tentativa de financiamento via BRDE em 2016. “O que vai acontecer, na prática, é outro município captar esse dinheiro que poderia ser nosso.”

Detalhes da votação

Ranzi, Cerutti, Waldir Gisch (PP), Lorival Silveira (PP), Delmar Portz (PSDB) e Salvi votaram contra a proposta. Já Ewald, Rambo, Élio Lenhardt (PT), Djalmo da Rosa (PMDB) e Ernani Teixeira (PDT) foram favoráveis ao projeto encaminhado no início da semana. Círio Schneider (PP), Carlos Kayser (PP) e Antônio Scheffer (SDD) se ausentaram.

O projeto previa pavimentação em trechos das ruas: Armindo Lawall, Leopoldo Schonhorst, Erny José Bruinsmann, José Ignácio Kreutz, Barão do Cerro Largo, Osvaldo Haas, Frederico Henrique Delbrugge, Gramado, 1º de Maio, Venâncio Aires, Antônio Silvestre Arenhardt, Orlando Sieben, Joaquim Nabuco, Horizontina, Gelso Krohn, Tenente Portela, São Martinho e Décio Martins Azevedo.

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