PRF apreende 12 cargas em sete meses

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PRF apreende 12 cargas em sete meses

Bandidos saem do Paraguai e burlam 12 postos da Polícia na rota do contrabando

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O crime de contrabando e descaminho de cigar­ros se tornou comum na BR-386. Desde o iní­cio do ano foram apreendidos 400 mil maços em 12 cargas. A polícia intensifica as ações para coibir o crime. Ainda assim, os sonegado­res conseguem burlar 12 postos policiais no caminho.

São aproximadamente 706 qui­lômetros da Cidade do Leste, no Paraguai, até Lajeado – princi­pal rota dos criminosos. Já foram flagrados ônibus, carros e cami­nhões. O mais recente foi na noite de segunda-feira, quando foram apreendidos 300 mil maços.

cA PRF e a Receita Federal do Brasil (RFB), Divisão de Repressão ao Contrabando e Descaminho abordaram o caminhão VW/BMB 17.250, placas DPF-9558, de Cam­po Grande/MS por volta das 19h em frente ao posto policial.

De acordo com a PRF, quando foi solicitada a documentação ao mo­torista ele se mostrou nervoso e os policiais desconfiaram. Nas notas fiscais constava que o transporte era de sacas de amido de milho.

Quando a polícia verificou a mercadoria, notou abaixo de duas carreiras de amido, 600 caixas de cigarros fabricados no Paraguai. Cada uma delas com 50 pacotes de dez carteiras. A polícia calcula que o valor da apreensão supera R$ 1 milhão.

O condutor é reincidente no crime. Em 2010, foi flagrado em Lajeado em ação semelhante, di­rigindo uma carreta carregada com cigarros contrabandeados, escondidos embaixo de uma car­ga de açúcar. Ele disse para a po­lícia que receberia R$ 3 mil para dirigir o caminhão de Guaíra/PR até Porto Alegre/RS.

O veículo havia sido apreendi­do com contrabando em outra ocasião, mas foi liberado pela Justiça. O motorista teve esti­pulada fiança de R$ 40 mil. Não pagou e foi preso.

Contrabando gera pena de um a quatro anos de reclusão. Os cigar­ros ficaram com a Receita Federal do Brasil e serão encaminhados para a incineração.

O chefe do Núcleo de Policia­mento e Fiscalização da 4ª Dele­gacia, Leandro Wachholz cita que a polícia trabalha com três frentes para combater o crime: fiscaliza­ções de rotina, levantamento e cruzamento de dados e informa­ções de pessoas.

Wachholz diz que as pessoas desdenham o crime de contra­bando porque se trata de sone­gação de impostos. Contudo, lembra que sem estes tributos o governo constrói menos es­colas e investe menos em segu­rança pública.

Caso de cigarros sendo investigado

A Polícia Federal de Santa Cruz do Sul diz que a carga de cigarros encontrada em um terreno baldio de Linha Garibaldi, em Encanta­do, é de contrabando, mas não há suspeitos. O fato ocorreu em setembro de 2011 e foi tratado pri­meiramente como lixo, visto que estava deteriorado.

Os cigarros foram encontrados pela Brigada Militar (BM), e só de­pois de dois dias a ocorrência foi encaminhada para a Polícia Civil. A delegada de polícia pediu para que a prefeitura recolhesse o ma­terial, considerado como lixo.

O delegado da Delegacia Fazen­dária da Polícia Federal contestou a atuação da polícia na época e começou uma investigação. A polícia civil teve que encaminhar parte do material para o órgão.

Polícia Federal deflagra operação

Ontem, a Polícia Federal de San­ta Cruz do Sul cumpriu 34 ordens judiciais no estado e no Paraná. A operação foi denominada como Travessia para desarticular três grupos de criminosos especializa­dos no contrabando de cigarros.

Durante a manhã, policiais cumpriram oito mandados de prisão preventiva e 26 de busca e apreensão nos municípios gaúchos de Lagoão, Bagé, Aceguá, Soledade, Barros Cassal, Cachoeira do Sul, e Francisco Beltrão, no Paraná.

Os investigados responderão por contrabando, formação de quadrilha, receptação, adultera­ção de sinal de identificação de veículo automotor, sonegação fis­cal e crime contra a Lei Geral de Telecomunicações pela utilização de radiocomunicadores.

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