Redução na oferta encarece preço do feijão

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Redução na oferta encarece preço do feijão

Quilo ficará até 20% mais caro nas próximas semanas, chegando a R$ 4,23

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Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

aOs produtos que compõem a cesta básica brasileira encareceram no primeiro semestre do ano, sobretudo o quilo do feijão preto. Os principais motivos para o aumento do grão estão relacionados à redução na área cultivada, perdas com a estiagem e à alta do dólar. O quilo custa hoje, em média, R$ 3,53 e deve aumentar até 20% nas próximas duas semanas.

A estimativa é do presidente da Associação Gaúcha dos Supermercados (Agas), Francisco Miguel Schmidt. Ele observa que no mesmo período de 2011, o quilo do produto custava em média R$ 2,85, uma elevação de R$ 0,68.

Conforme dados da Emater/RS-Ascar, 600 mil toneladas deixarão de ser colhidas este ano, reflexo da perda de área no campo para a soja.

Relatório da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que o país tenha que importar 150 mil toneladas para suprir a demanda. “Aumenta a procura e reduz a oferta. Como o dólar está mais caro e precisamos importar grande parte do produto, não há como equilibrar o preço”, justifica Schmidt.

O aposentado Érico Biazibetti, 69, de Lajeado, considera o preço injusto. Ressalta que o produto é básico na alimentação das pessoas. Critica o governo, que deveria de aumentar o salário e reduzir os impostos. “Minha aposentadoria fica menor todos os anos e as contas estão maiores.”

Sua mulher, Iraci ressalta que o país preza pelas classes mais baixas, mas não cumpre com o prometido. Ela discorda do que lhe foi ensinado pelos pais, de que o feijão era uma comida simples, para os “pobres”, e enfatiza que o grão está valorizado como o caviar.

Resultados positivos no campo

Enquanto o preço sobe no mercado consumidor, produtores que apostaram no feijão comemoram o aumento. A semana passada se encerrou com preços entre R$ 105 e R$ 110 para a saca de 60 quilos do tipo preto e entre R$ 180 e R$ 190 para o mesmo volume do feijão carioca. O valor é superior ao mínimo estipulado pelo governo federal, que é de R$ 72.

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