Mulheres lutam contra desigualdades

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Mulheres lutam contra desigualdades

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aAção coordenada pela Regional Sindical Vale do Taquari reúne cerca de quatro mil mulheres no 14º Encontro Regional do Dia Internacional da Mulher, hoje, no ginásio do Centro Comunitário e Oase, em Colinas.

O evento homenageia as mulheres e relembra suas conquistas. Ele serve para discutir metas que melhorarão a vida das trabalhadoras, sobretudo no campo.

Conforme uma das organizadoras do encontro, Maria Lovani Ely, 60, muitas conquistas durante a história tiveram participação das mulheres. Ela recorda do período em que as trabalhadoras sequer tinham direito à aposentadoria. “Graças aos movimentos, conseguimos ir de encontro às desigualdades e, hoje, somos reconhecidas. Mas ainda há muito machismo, que precisa mudar (sic).”

No evento serão debatidos temas como: reserva legal (dificuldade enfrentada pelos agricultores com as novas legislações ambientais); movimentação de tratores em rodovias; dificuldades dos trabalhadores em conseguir se aposentar e a falta de organização do poder público em resolver problemas com estiagens. “Hoje, esses são nossos principais objetivos, não só das mulheres, mas de todo o sindicato.”

Maria define que esse tipo de ação dá visibilidade e reconhecimento à contribuição econômica, política no processo de avançar na construção da igualdade para as mulheres. “Lutamos pelo fim das desigualdades no nosso país, por direitos, dignidade e melhores condições de vida na área rural e urbana. Queremos um Brasil sem preconceito, discriminação e violência.”

Participam do encontro 18 sindicados de 24 municípios, que estão associados à regional. Conforme Maria, nesses municípios há em média 12 mil mulheres, sobretudo trabalhadoras do campo.

Um das atividades que ocorre durante o evento é a escolha da Agricultora Destaque Regional 2012. Cada município participante terá uma candidata. A vencedora será eleita por sorteio.

Uma vida em busca de espaço

Maria é também Coordenadora Regional das Mulheres no Vale do Taquari e integrante da diretoria da Federação dos Trabalhadores na Agricultura. É natural de Santa Clara do Sul, terra em que trabalhou como agricultora por toda a vida.

Sua participação em ações de defesa aos direitos das mulheres se iniciou em 1985. Ela se lembra dos primeiros encontros. “Foi no Gigantinho, em Porto Alegre, mais de 15 mil mulheres reivindicavam aposentadoria e reconhecimento à profissão.”

Segundo ela, no passado, as mulheres não tinham nenhum direito. “Hoje, muitas pessoas não sabem, mas muitas de nós foram assassinadas por causa da coragem que tínhamos em liderar manifestações exigindo fim as desigualdades.”

Fruto do trabalho das mulheres, Maria aponta a elaboração da Constituição Federal em 1988. Maria lembra que, antes disso, sequer tinha direito ao salário e à participação ativa nas propriedades. “Juntas conseguimos quebrar barreiras e, com toda a certeza, superaremos diversas limitações que ainda hoje enfrentamos.”

Programação completa

– 8h30min – Recepção das caravanas e roda de chimarrão da Erva-mate Ximango.

– 10h – Abertura com o Ponto de Honra das autoridades convidadas; execução do Hino Nacional; momento espiritual com o padre e pastor; mística a cargo da Comissão Regional das Mulheres Trabalhadoras Rurais; fala da delegada de polícia, Márcia Scherer sobre a importância da data e organização das mulheres; pronunciamento das autoridades convidadas.

– 11h – Apresentação artística a cargo de diversos grupos municipais.

– 11h30min – Almoço de confraternização (R$ 12)

– 13h15min – Início do baile com animação do conjunto musical Contagem Regressiva.

Durante todo o dia haverá: venda de lanches, sorvetes e bebidas; exposição e feira de artesanato rural com os Núcleos de Mães do Município; mostra e feira de produtos coloniais do município.

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