Associações ligadas ao setor varejista reforçaram as críticas ao modelo de estacionamento rotativo. O tema foi aborado durante reunião das comissões permanentes da câmara de Lajeado, nesta segunda-feira, 3. O debate ocorre há pouco mais de um mês do término de contrato com a Stacione, que administra o serviço.
A cobrança feita com uso de uma motocicleta, a falta de pontos para pagamento e a necessidade de mais monitores espalhados pelas ruas são as principais reivindicações. Uma sindicância foi aberta sobre o formato de cobrança automática pelo leito de placas acoplado a moto foi criado no final do ano passado para apurar a legalidade da utilização em relação ao contrato assinado entre a empresa e o município.
A presidente da Comissão de Justiça, Redação, Ética e Decoro Parlamentar, Paula Thomas (PSDB), é favorável a uma nova licitação pública no serviço e projeta que o relatório final com as sugestões do Legislativo será entregue até 17 de fevereiro. “Falta de respeito com o legislativo. Nos deixa muito chateado. São três semanas sem a presença deles aqui pra nos ajudar a defender o serviço prestado. A empresa não nos responde. Defendo uma nova licitação”, critica. Apesar de ter sido convidada nas últimas três semanas, a Stacione não enviou representantes às reuniões na sede do Legislativo.
Consulta às entidades
O presidente do Sindilojas-VT, Kiko Weimer, defende a manutenção do sistema rotativo, mas aponta a necessidade de modificações, em especial, no formato de cobrança, com a inclusão de totens de funcionamento simples, principalmente para o público idoso ou de outras cidades. “Ruim com a Stacione, muito pior sem”. Vai virar uma bagunça, não se acha mais lugar pra estacionar. É preciso consultar todas as categorias por meio do fórum das entidades e depois juntar estes apontamentos”, define. Um documento será formatado via fórum das entidades para unificar as queixas e sugestões das associações lajeadenses.
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Revisão dos locais
A presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Giselda Hahn, pede uma revisão completa no contrato com a Stacione, disseminação do uso do aplicativo, demarcação das vagas em relação ao tamanho e ampliação da área de cobrança para outros bairros. “Depois da enchente o comércio se deslocou para outros pontos. Há lojistas que migraram para o Florestal e São Cristóvão, precisamos implementar o rotativo nas ruas Coelho Neto, Piraí”, solicita.
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Prazo apertado
O fiscal do contrato com a Stacione e coordenador de trânsito em Lajeado, Vinícius Renner, não descarta uma nova licitação após o término do atual contrato em 07 de março, porém reconhece que o prazo é curto para desenvolver todo o trâmite. “Tudo é possível. A licitação vai fazer com que a empresa atual encerre os contratos e se fique por um tempo sem o serviço, é um risco. A definição sobre isso sai nos próximos dias”, estipula.
Além da polêmica que envolve a motocicleta, Renner aponta a necessidade de ampliação na chamada “área azul” para bairros próximos do Centro que ganharam estabelecimentos comerciais e já enfrentam problemas com rotatividade.
As principais queixas e reivindicações
– Falta de monitores nas ruas
– Instalação de totens de fácil operação
– Retirada da moto que fiscaliza o uso das vagas
– Revisão das ruas onde ocorre a cobrança
– Fiscalização do uso adequado das vagas de idoso
– Repactuação das tarifas e do tempo mínimo da cobrança
– Espaço para estacionamento de motos