Dois dias depois da votação que definiu os 15 vereadores eleitos para o exercício 2025-2028 e a vitória de Gláucia Schumacher na majoritária, a câmara de Lajeado teve a sua primeira sessão ordinária nesta terça-feira, 8. O resultado nas urnas dominou as manifestações e os bastidores em uma reunião com 2h de duração.
Entre agradecimentos pelos votos recebidos, críticas sobre os problemas das urnas, transferência de sessões do Castelinho para Univates e lamentações pelos que não conseguiram manter a vaga no legislativo, os discursos enfatizaram a tranquilidade em toda a campanha e o que representa os números finais do pleito.
Carlos Ranzi (MDB) agradeceu aos mais de 19 mil votos, confirmou seu retorno ao cargo que ocupa na agência de Lajeado do Banco do Brasil e recordou de sua trajetória na câmara, ininterrupta desde 2013. “Nossa campanha arrancou com 14% numa pesquisa interna e fomos a 20%, 24% e 43%. Isso não termina aqui de jeito nenhum, a gente reafirma o compromisso com a comunidade”, completou.
Sérgio Kniphoff (PT) também enalteceu o trabalho de sua equipe na corrida pelo comando da prefeitura de Lajeado e pediu atenção para Gláucia sobre os números finais da eleição. “As urnas deram recado para todos nós. São mais de 40 mil que não votaram na prefeita eleita, isso aumenta demais o desafio dela. Que tenha a humildade de perceber que 60% dos lajeadenses não votaram nela”, alertou.
Vereador com maior número de votos da história de Lajeado e do Vale, Vavá (MDB) atribuiu seu desempenho ao esforço durante os quatro anos e os ensinamentos de Ranzi, quando iniciou sua trajetória política. Foram 2.587 votos somados pelo emedebista de 42 anos, que garantiu vaga pela segunda vez consecutiva no legislativo. “Não estou de passagem, vim marcar história nessa casa”, resumiu.
O presidente Lorival Silveira (PP) indicou uma mudança de visão no governo de Lajeado a partir do resultado das urnas. Um dos quatro vereadores reeleitos do partido, o progressista defende a necessidade de gestores com olhar mais humano em frente às secretarias. “Confio no governo Gláucia, por que tem que dar uma chacoalhada na nossa equipe. Pessoas preocupadas dentro do poder público para melhorar o atendimento para as pessoas. Vamos reconquistar as pessoas que estão desacreditadas do nosso governo. Esse deve ser o propósito do governo Gláucia. E eu vou estar junto”, garantiu.
Ana da Apama (PP) alegou ter sido vítima de difamações e mentiras por rivais durante a campanha. “Teve gente que fez muita sujeita e está sentado nessa mesa agora comigo”, afirmou, sem especificar a qual vereador se referia.
Márcio Dal Cin (MDB) questionou a escolha pela Univates para alocar as sessões eleitorais que ficavam no colégio Castelo Branco (Castelinho) e lembrou que Gláucia foi derrotada em 20 dos 28 bairros de Lajeado. “Não pode demorar duas ou três horas para substituir uma urna eletrônica, confesso que fiquei envergonhado com o nosso sistema”, pontuou.
Um projeto avança
Apenas uma matéria foi aprovada. Trata-se da abertura de crédito especial no valor de R$ 60 mil a serem investidos em um curso para agentes da secretaria de Assistência Social.
Horas antes da sessão, o governo retirou o pedido de análise em urgência do texto que sugere convênio com o município de Gravataí para o curso de formação dos guardas municipais. Com isso, o projeto foi retirado da pauta.
A próxima sessão ocorre na terça-feira, 15, a partir das 17h.