Empreendedores têm receio de ficarem sem local para empresas

Espaço para moradias

Empreendedores têm receio de ficarem sem local para empresas

Pavilhão de berçário industrial fica no bairro Navegantes e será um dos locais para a construção de prédio habitacional

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Empreendedores têm receio de ficarem sem local para empresas
Representantes das oito empresas que estão situadas no berçário industrial do bairro Navegantes / Crédito: Brayan Bicca
Encantado

A situação das empresas situadas no berçário industrial foi pauta em sessão da Câmara de Vereadores nesta semana. O vereador Valdecir Cardoso (PP) salientou que o pavilhão instalado no Bairro Navegantes, em local em que será erguido um dos prédios habitacionais por meio do programa do governo, é essencial para a sobrevivência dos microempreendedores. O parlamentar acredita que faltou uma comunicação melhor sobre como se dará a transferência dessas empresas.

“Quando escolheram aquele espaço, não foi organizado a saída desses pequenos empreendimentos para um local apropriado para poderem continuar a produzir e manter seus negócios. Já está licitado para fazerem o prédio ali, mas o pessoal não sabe o que vai acontecer com eles”, disse Cardoso. Segundo o vereador, o momento é preocupante, pois já se percebe que outras empresas estão deixando o município. “Não podemos abrigar umas pessoas e desabrigar quem está trabalhando”, reforçou o parlamentar.

Preocupação dos empreendedores

O pavilhão no bairro Navegantes abriga o funcionamento de oito pequenas empresas. Uma delas é a Arte Laser, cuja proprietária, Lilian Balbinot, é uma das empresárias preocupadas com o futuro dela e de seus colegas. “Nosso receio é não termos nenhum local para nós quando começarem as obras aqui. A princípio nos passaram que aqui seria o último local a ser construído, e agora escutamos de outras pessoas que será um dos primeiros lugares a ser derrubado”, explica.

Segundo Lilian, a prefeitura não tem informado as pessoas que estão no berçário sobre o andamento da situação. “Sabemos que não há pavilhões para todo mundo. Aqui em Encantado não tem locais para o tamanho da demanda, tanto que algumas empresas estão saindo daqui. Mas como somos empreendimentos menores, fica mais complicado”, relata a proprietária da empresa Senhoras do Pão, Janaína Moura de Castilhos.

Uma reunião com o prefeito, vereadores e empreendedores ocorreu quando foi decidido que o local seria destinado a se tornar as novas residências dos moradores afetados pelas cheias. “Nos disseram que não precisaríamos nos preocupar, que antes de derrubarem o pavilhão iriam nos realocar para outro lugar. Mas agora, até vistoria do solo já fizeram, e ninguém nos comunicou mais nada. Estamos sem rumo. O que não queremos é que cheguem aqui e digam que vão derrubar o prédio e não ter nenhuma estratégia para dar andamento as nossas empresas”, reforça Janaína.

Johnny Christoff, da Galileu Móveis, salienta que desde o começo deixaram claro que aqueles com negócios no pavilhão não iam ter muita escolha, que iriam usar o local de qualquer forma. “A única questão é que pensamos que iam nos manter a par te tudo. Agora, a licitação foi feita, a empresa contratada, provavelmente já tem uma data para iniciar a obra, e tudo isso nos foi informado por outros, nada pelo governo” aponta.

Resposta do governo

O secretário de Turismo e Desenvolvimento de Encantado, Marcelo Casaril, respondeu os questionamentos reforçando que o governo municipal segue analisando as alternativas para dar continuidade ao suporte que Encantado proporciona a essas empresas. “Os empreendedores estão preocupados, mas estamos atentos e não vamos deixar de apoiar e dar o suporte necessário. Ainda estamos em busca de um local apropriado e que deixe todos satisfeitos”, comenta. Segundo ele, os dois condomínios vão disponibilizar 68 moradias e o primeiro prédio será construído no terreno ao lado da Sala de Vacinas do Navegantes.

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