Passados 30 dias da maior catástrofe ambiental no Vale do Taquari, o município de Marques de Souza segue os trabalhos de reconstrução e recomposição das estradas duramente afetadas.
Com registro de dezenas de deslizamentos, alguns de grande magnitude como, o acesso à Linha Tigrinho, com máquinas atuando há dias, a via deve ser liberada ainda nesta semana para o fluxo de veículos e caminhões. São mais de 350 km de estrada de chão que necessitam de algum serviço.
Conforme o prefeito, Fábio Metz, dentro da cidade, os trabalhos avançam na retirada de entulhos e lodo que chega a um metro de altura.
A ponte sobre o rio Forqueta, que faz a ligação especialmente com Travesseiro, e a ação junto ao Ministério Público Federal, acatada pela Justiça Federal, que pode erguer as cancelas do pedágio até que sejam concluídas as obras de acesso e de retorno na entrada e saída do município foram outros assuntos destacados.
Sobre a reconstrução da ponte, Mertz destaca que são mais de três mil veículos que trafegam pela estrutura diariamente, muitos fazendo o escoamento da produção, contabilizado via câmeras. “Quando fizemos o plano de trabalho e mandamos para a Defesa Civil, as águas do Forqueta ainda estavam altas e, de certa forma, não tínhamos uma visão mais detalhada de todo aquele cenário que avançou, inclusive com avaliações técnicas e, durante reunião nessa terça-feira entre autoridades da região e estado, tirando algumas dúvidas referentes ao projeto e complementações, pois R$ 4,1 milhões é pouco para restabelecer a ponte e saímos contentes com as informações”.
Outro ponto citado pelo prefeito é em relação aos acessos de Marques de Souza, especialmente, o trevo do município. “Infelizmente foi esquecido dentro do projeto maior de duplicação e estamos lutando para que seja feito um viaduto ou no mínimo a pavimentação asfáltica no entorno dessas pistas laterais que passam por debaixo de duas pontes e que alagam”.
Advogado Evandro Muliterno de Quadros (Foto: Pedro Rodrigues).
Já a suspensão da cobrança de pedágio, o advogado Evandro Muliterno de Quadros esclarece que foi feita a representação perante o MPF e desenvolvidos itens mais importantes como, o assessoramento aos usuários da via que estavam sem alento e sem saber o fazer e proceder, além da necessidade dos acessos que precisavam ser desobstruídos, porém, não tendo a legitimidade para intervir.
“Com essa representação, foram duas audiências extrajudiciais aonde da conclusão, foi feita a proposição de uma tutela provisória de carácter intercedente e foi estabelecido 72h para que a CCR se manifeste. Nessa condição, também fomos intimados como terceiro interessado e atuaremos como assistente nesse procedimento já judicial que, certamente, poderá ser aditado com mais pedidos”.
