Posto do Montanha amplia atendimento para doenças respiratórias

LAJEADO

Posto do Montanha amplia atendimento para doenças respiratórias

Horário das atividades estendidas será das 18h às 22h, de segunda a sexta-feira

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Atualizado segunda-feira,
03 de Junho de 2024 às 15:02

Posto do Montanha amplia atendimento para doenças respiratórias
Juliana Demarchi, coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Lajeado (Foto: Juliana Demarchi)
Lajeado

Durante o mês de maio, os atendimentos eletivos e a vacinação tiveram comprometimento nas duas primeiras semanas. Algumas salas de vacinas ficaram fechadas, profissionais não conseguiram chegar aos postos de trabalho devido às enchentes e percebeu-se que a população está envolvida em outras atividades deixando a imunização em um segundo plano. Fato que resultou na diminuiu da procura durante o período.

Conforme Juliana Demarchi, coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Lajeado, devido ao aumento de casos relacionados à doenças respiratórias, mesmo com todas as unidades de saúde do município já funcionando, a partir desta segunda-feira, 3, o Posto de Saúde do bairro Montanha vai estender atendimento. O horário será das 18h às 22h, de segunda a sexta-feira, excepcionalmente, para atendimentos relacionadas à doenças respiratórias.

As vacinas contra a influenza seguem disponíveis em todas as unidades de saúde para toda a população a partir dos seis meses de vida.

Outro assunto que demanda atenção em relação às doenças oriundas da contaminação com a água das cheias. Com dois casos confirmados de leptospirose em Lajeado, 54 casos suspeitos seguem em investigação e um total de oito óbitos no estado, a preocupação com a propagação da doença aumenta.

A leptospirose é uma doença transmitida por uma bactéria presente no ambiente, sendo as inundações um período de maior risco de contaminação devido ao acúmulo de lama e água. Juliana Demarchi, coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Lajeado reforça a importância de buscar tratamento imediato ao apresentar sintomas como febre alta, dor no corpo e, caso tenha tido contato com lama e água da enchente, pois “o sucesso do tratamento depende do início precoce”.

Sintomas da doença

Além dos sintomas comuns como febre alta e dores musculares, outros sinais de alerta incluem dor de cabeça, dor na panturrilha e náuseas. O tratamento é realizado com antibióticos específicos para combater a bactéria causadora da doença.

Além da leptospirose, a equipe de vigilância está monitorando outros agravos, como acidentes com animais peçonhentos e potencialmente transmissores de raiva, como morcegos, além de casos de hepatite A. A vacinação, especialmente contra o tétano, é incentivada, com a disponibilidade de vacinas nas unidades de saúde.

Juliana ressalta, ainda, a importância de cuidados extras ao adentrar espaços afetados pelas enchentes, como usar botas e luvas, e evitar o contato direto com água e entulhos. ” Os entulhos, restos de alimentos e materiais orgânicos expostos vão aumentar o número de roedores e esse ambiente se torna cada vez mais contaminado quando se pensa na leptospirose. Independente do tempo, esses locais vão concentrar riscos, portanto, é preciso redobrar os cuidados”. Além disso, frutas e hortaliças que tiveram contato com a lama devem ser descartadas ou higienizadas adequadamente antes do consumo, mesmo os comprados em supermercados ou feiras.

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