“Não temos como receber alimento. O Estado precisa criar a logística para nós”, diz Jonas Calvi

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“Não temos como receber alimento. O Estado precisa criar a logística para nós”, diz Jonas Calvi

Prefeito de Encantado pede ajuda do governo estadual para liberar acessos e resolver o problema de logística da região alta

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Atualizado quinta-feira,
09 de Maio de 2024 às 08:45

“Não temos como receber alimento. O Estado precisa criar a logística para nós”, diz Jonas Calvi
Jonas Calvi, prefeito de Encantado (Foto: Arquivo A Hora)
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Após reunião de avaliação do dia, o prefeito de Encantado, Jonas Calvi, destaca dois principais pontos de preocupação no município. Em entrevista à Rádio A Hora 102.9 na noite de quarta-feira, 8, o gestor público alerta a comunidade sobre fendas e riscos de deslizamentos em grande parte dos morros da cidade, e pede socorro ao Estado para a liberação de acessos e alternativas à logística, para que chegue alimento e combustível à região alta do Vale.

Calvi diz que o bloqueio de acessos impede a chegada de caminhões e preocupa a administração municipal. “Às vezes libera a 332, em alguns momentos podem só veículos leves. É uma situação complicada. A logística está ficando sob responsabilidade dos prefeitos, mas não conseguimos absorver tudo”, afirma. 

Ele diz que o município já se preocupa com os abrigos, com a necessidade de alimentos aos desalojados, com o salvamentos dos moradores do interior, e não possui capacidade técnica para viabilizar essa logística, que seria de responsabilidade do Estado.  

Calvi ainda destaca que a administração recebeu uma ligação de Santa Cruz do Sul com a doação de alimentos, mas o município não tem condições de buscar. “Se não conseguirmos sair de Encantado, como vamos ir a Santa Cruz buscar carne? A equipe do Estado tem que criar essa logística para nós, por via terrestre, liberando acessos, ou por via aérea”, reforça. 

De acordo com o prefeito, cada município tem seus próprios problemas e desafios neste momento e os prefeitos não têm como resolver o que não é de suas competências, como seria o caso da liberação de acessos e da logística. 

“Precisamos que o Estado nos ajude, porque vamos começar a ficar sem comida, sem gasolina. Encantado está conseguindo auxiliar Roca Sales e Relvado com combustível, mas também estamos chegando em um ponto em que vamos ficar sem”. 

Assista a entrevista na íntegra

 

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