Pela primeira vez, em 127 anos de história, o Colégio Madre Bárbara (CMB) foi surpreendido pelas inundações em Lajeado. As águas atingiram o térreo do colégio, que danificaram parte do patrimônio escolar. Neste final de semana, equipe, alunos e comunidade se uniram em uma onda de solidariedade para iniciar o trabalho de limpeza do educandário.
“Foi uma surpresa muito grande para nós. Até então nunca tínhamos sido afetados pelas cheias”, conta a diretora do CMB, Maria Helena Jacques, que trabalha na instituição há 35 anos.
Mesmo na enchente de setembro, que atingiu níveis significativos na cidade, a água chegou perto do educandário, mas não causou danos. Desta vez, no entanto, o rio subiu o bastante para inundar o térreo, atingir a educação infantil e destruir a cantina.
Os prejuízos da escola foram amenizados graças ao esforço da equipe escolar que conseguiu salvar alguns móveis e itens antes que a enchente tomasse conta. “Moro em Cruzeiro do Sul, estava ilhada, mas colegas daqui de Lajeado e a vice-diretora conseguiram tirar algumas coisas”, conta a diretora.
Apesar dos impactos, a tragédia trouxe reflexões para a comunidade do Colégio Madre Bárbara. A recuperação do espaço “é um processo a longo prazo, mas também uma chance para repensar a parte mais espiritual, a solidariedade, de não se prender a coisas materiais”, observa Maria Helena.
Mesmo com a ajuda da comunidade escolar, acredita-se que será necessário o intervalo de, pelo menos, uma semana para garantir a segurança e a higiene da escola.
