Falta de professores e merendeiras volta a comprometer aulas

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Falta de professores e merendeiras volta a comprometer aulas

Escolas da Rede Estadual enfrentam déficit no número de profissionais. Casos são registrados desde o início do ano letivo

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Atualizado quarta-feira,
17 de Abril de 2024 às 08:46

Falta de professores e merendeiras volta a comprometer aulas
Na Escola Érico Veríssimo, falta de professores é alvo de críticas de pais e comunidade escolar. (Foto: Caetano Pretto)
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A falta de professores e merendeiras afeta a rotina de escolas da rede estadual de ensino. Desde o início do ano letivo, diversos episódios já foram registrados.

A mãe de um estudante do 3º ano do ensino médio da Escola Estadual de Educação Básica Érico Veríssimo informou à reportagem a falta de professores. Segundo ela, desde o início do ano letivo escuta relatos do seu filho referentes às aulas canceladas pela ausência de docentes. Para ocupar os alunos, a família conta que eram oferecidas outras atividades lúdicas para ocupar os períodos.

Conforme a direção da escola, no momento há apenas a falta de uma professora por licença maternidade, mas o pedido para substituição de profissional foi encaminhado e a escola aguarda a destinação de outro professor. Porém, em março chegaram a faltar quatro professores no mesmo período.

Já a Escola Estadual de Ensino Fundamental (EEEF) Fernandes Vieira enfrenta a falta de duas merendeiras de 40h semanais e de funcionário para a portaria, na entrada e saída dos três turnos (manhã, tarde e noite).

Nesta semana, a direção encaminhou uma mensagem para os pais informando a situação. Conforme o recado, a falta de profissionais ocorre desde o dia 4 de abril, mas que “até o dia de hoje conseguimos organizar a alimentação das crianças. Contamos com a compreensão e colaboração de todos”, diz trecho da mensagem.

Posicionamento da Coordenadoria de Educação

A 3ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) informa que na escola Érico Veríssimo “as necessidades que têm surgido ocorrem em virtude de dispensas, aposentadorias e outro tipo de solicitação”. Já na Fernandes Vieiras, “foi solicitado um aditivo de contrato para a empresa terceirizada, para contratação imediata”. Nos dois casos a CRE informa que a falta de profissionais deve ser resolvida “com maior brevidade possível”, porém sem determinar prazos.

Após questionamentos da reportagem, a 3ª CRE se pronunciou através de nota. O texto cita ações feitas pelo Governo do Estado desde 2022 a partir da necessidade de reorganização do quadro de recursos humanos. Entre elas, a nomeação dos 1,3 mil professores que foram aprovados no último concurso para docentes da rede estadual e que já estão à disposição dos estudantes para atuarem em sala de aula. Também a realização de um novo concurso público ainda em 2024, com 3 mil vagas efetivas, e mais outro concurso em 2025.

“A autorização realizada em dezembro de 2023 que possibilita a contratação emergencial de até 9 mil profissionais da Educação entre professores e funcionários como merendeiras, serventes de limpeza e monitores para Educação Especial. O monitoramento é feito de forma constante pelas Coordenadorias Regionais de Educação (CREs) por meio do Sistema ISE. Estas iniciativas visam dar agilidade e suprir a demanda gerada por aposentadorias, licenças e docentes que atuam em mais de uma rede”, finaliza a nota.

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