Artistas recontam a saga dos imigrantes alemães

200 anos

Artistas recontam a saga dos imigrantes alemães

O projeto Neue Heimet mergulha em uma viagem musical por meio das canções históricas dos Irmãos Babick

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Atualizado quinta-feira,
11 de Abril de 2024 às 11:51

Artistas recontam a saga dos imigrantes alemães
Projeto conduzido por Waldemar Richter trouxe dupla de artistas de SC Foto: divulgação
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

A música acalma a alma e ameniza saudades. Os imigrantes sabiam disso há 200 anos, quando, ao deixarem a Alemanha para desembarcar no RS, trouxeram a voz, os cadernos de cantos e a melodia. Entre uma receita e outra daquelas mulheres assoberbadas de tarefas, entre a enxada e a lavoura, a música serviu como apoio psicológico. O legado musical perdura até hoje, nas kerbfests ou Oktoberfests, nem com tantas saudades, mas como louvor à alegria.

O Projeto Neue Heimat trouxe ao Vale do Taquari os irmãos cantores Carine e Felipe Babick, para relembrar a saga musical dos primeiros imigrantes. Em tradução livre, Neue Heimat, projeto conduzido por Waldemar Richter, Richter Gruppe e Grupo A Hora, significa Nova Pátria e rememora os 200 anos da imigração alemã.

No fim de semana, a dupla de irmãos cantores visitou o Parque Histórico, em Lajeado e o Museu da Família Richter, em Forquetinha, compartilhando um repertório de mais de 200 anos. A dupla esteve acompanhada do historiador Waldemar Richter e fez gravações de vídeos e áudios, junto ao Parque de Lajeado e em Forquetinha e as produções musicais estão sendo divulgadas em boletins matinais na rádio 102.9 e nas redes sociais do Grupo A Hora.

Irmãos encantam com repertório original

Os irmãos Babick cantam por todo o Sul do Brasil. No repertório de quatro horas, entoado nas festas, eles guiam os ouvintes pela história da imigração, com músicas estilo xote, bolero ou bandinha. E nelas, relatam curiosidades que a plateia adora saber. Há canções de receitas culinárias até fatos nostálgicos, que expressam o amor e a saudades da Alemanha.

“Os alemães utilizaram a música como recurso psicológico para amenizar a dor que sentiam por estar longe da pátria”, salienta Felipe Babick, cantor e professor de música. Em cada verso, melodia e ritmo, a dupla tece um mosaico de emoções e experiências que marcaram a jornada dos imigrantes. “Nosso repertório mostra às novas gerações, as novas gerações, as histórias das despedidas e reencontros, histórias de amor e desilusões, de pessoas que trabalhavam na lavoura”, enfatiza Carine. A artista interpreta em alemão e traduz para o português, para garantir à plateia a compreensão das histórias.

 

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