Chimarrão, galinhada e livros vão compor intercâmbio com a Alemanha

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Chimarrão, galinhada e livros vão compor intercâmbio com a Alemanha

Nasce em Forquetinha, intercâmbio cultural para fortalecer entre Brasil e Alemanha nos 200 anos de imigração com apoio do projeto Neue Heimat

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Chimarrão, galinhada e livros vão compor intercâmbio com a Alemanha
Waldemar Richter, Clauss Cussler e professora tradutora, Roseli Kussler. (Fotos Andreia Rabaiolli)
Vale do Taquari

O Vale do Taquari celebra um intercâmbio cultural entre Brasil e Alemanha que nasceu em Forquetinha neste ano. Essa iniciativa, intermediada pelo historiador Waldemar Richter, fortalece os laços entre os dois países e celebra a história da imigração alemã no Brasil.

O ponto-chave do intercâmbio foi a presença do alemão Klaus Cussler, de Frankfurt, que durante três semanas no Vale do Taquari, pesquisou hábitos, comportamentos e a veia empreendedora dos imigrantes alemães que chegaram na região há 200 anos e leva para a Alemanha, ideias, livros, fotos, receitas e depoimentos que vão virar exposição.

Cussler estuda a genealogia das famílias Kussler e Cussler e a história dos alemães e focou-se principalmente, nos dados do professor Waldemar Richter para enriquecer suas pesquisas. Em Forquetinha, ele conheceu as casas estilo enxaimel e o vasto acervo do historiador.

Provou cucas, aprendeu a fazer chimarrão receitas de galinhada com família alemã. Hábitos culturais que leva para a Alemanha, provando que os imigrantes se adequaram ao país. “Farei a receita de galinhada, o chimarrão e a cuca, para que os alemães possam provar”.

Em sua mala, ele leva cuias, bombas e ervas de chimarrão, além de cachaça de cana, que também apreciou durante sua visita.

Neue Heimat

Grupo de descendentes alemães visita a sede do A Hora

Por intermédio de Richter, Cussler conheceu o projeto Neue Heimat, liderado pelo grupo A Hora e Richter Gruppe. “Estou surpreso com a variedade de eventos que estão acontecendo e sendo planejados durante todo o ano por ocasião do bicentenário. O Neue Heimat é uma oportunidade de trocas entre os dois países. Vamos fortalecer e construir novas pontes que unirão ainda mais as duas nações e deixarão legado para os próximos cem anos”, salienta Cussler.

O diálogo foi traduzido pela professora Roseli Hetzel Kussler.

Enquanto no Brasil se celebra a imigração, a Alemanha relembra a emigração através do projeto Neuland, similar ao Neue Heimat. Essa iniciativa conjunta demonstra a importância de se preservar a memória e fortalecer os laços entre as duas nações. Palestras e exposições ocorrerão nas cidades de Kaisesrslautern, Simmern e Oberalben. Os festejos devem se prolongar por oito meses.

Alemães surpreendem pelo tino empreendedor

Cussler se impressionou com o espírito empreendedor dos alemães que chegaram ao Vale do Taquari. Ele visitou famílias alemãs empreendedoras e leva consigo rótulos de cervejas e empresas alimentícias feitas por descendentes de alemães, evidenciando a habilidade para o empreendedorismo.

Projetos similares

No grupo A Hora, Waldemar Richter presenteou Cussler com um livro histórico escrito em 1924 em alemão gótico, que conta a história dos 100 anos da imigração alemã. A relíquia emocionou Cussler.

“Vamos fazer trocas e ideias durante o ano inteiro. A Alemanha faz a exposição Neuland – Pátria Nova e temos aqui a Neue Heimat, Nova Pátria, projetos similares que enaltecem a imigração”, explica Richter.

Para Richter, o historiador de Forquetinha, o intercâmbio cultural entre o Vale do Taquari e a Alemanha vai unir as duas nações, fortalecer laços e construir pontes para o futuro.

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