O governo de Lajeado fechou 2023 com uma reserva financeira de R$ 71 milhões. Recurso oriundo do superávit acumulado ao longo dos anos. Valor esse para viabilizar projetos e servir para ações emergenciais, a exemplo do destinado em 2023 em meio às cheias.
Os dados consta no relatório das metas fiscais apresentados durante audiência pública na câmara de vereadores na segunda-feira, 26. Nos quatro anos anteriores (2019 a 2022) a receita arrecadada no município foi superior à despesa empenhada, gerando a possibilidade de ampliar o valor em caixa a cada ano.
Cenário que mudou em 2023, quando a despesa empenhada foi R$ 15 milhões superior à receita arrecadada. Com isso, o caixa que terminou 2022 com R$ 86 milhões de acumulado, diminuiu para os atuais R$ 71 milhões.
“Gastamos um pouco daquela ‘gordurinha’ que tinha do superávit acumulado em todos os anos do governo. O superávit acumulado é como se fosse uma poupança. No ano passado consumimos um pouco desta poupança. Não é que estamos com dívidas. Mas o governo decidiu usar um pouco daquele valor e fizemos investimentos pontuais”, diz o Secretário da Fazenda de Lajeado, Rafael Spengler.
Conforme Spengler, destes R$ 15 milhões utilizados do acumulado no superávit em caixa, R$ 8,1 milhões foram empregados nas obras de ampliação da Emef Dom Pedro I. Prejuízos causados pelas enchentes também entram nessa conta, onde o município teve gastos inesperados, como o pagamento do aluguel social.
“Por isso é importante ter algum dinheiro em caixa. Se acontece algo e o governo precisa de dinheiro emergencial, tem o que fazer”, diz Spengler. “A capacidade financeira de Lajeado continua muito boa. Com esse valor de mais de 70 milhões de reais em caixa vai ser possível que o prefeito execute obras e conclua outras. E ainda chegar no fim deste ano com o caixa positivo”, complementa.
O que dizem os líderes de bancada
Saldo financeiro
ao fim de cada exercício