O que o livro aborda?
Nesse livro eu conto sobre a minha deficiência, minha vida dentro dessa narrativa e também como minha mãe lidou com a descoberta durante a gravidez. Foi bem emocionante porque eu escrevi e também aprendi muito junto da minha mãe. Foi muito tranquilo escrever porque eu fazia perguntas e ela ia respondendo, como uma entrevista. Começamos a elaborar a obra em novembro de 2022 e em 2023 conseguimos entregar para impressão na editora.
Como foi o processo de escrita?
Foi um período bem rápido. Eu escrevo tudo em um caderno, a punho mesmo. Gosto de fazer isso porque consigo expressar meus sentimentos e me sinto no momento presente também. É uma maneira que encontrei para tentar ajudar outras pessoas que tenham qualquer tipo de deficiência. Eu gosto de escrever no caderno, fazer um resumo. Fico sentada no pátio, com chimarrão. Depois é encaminhado para digitação, revisão e impressão.
Como descobriu que gosta de escrever?
Foi durante o período de pandemia. Fiquei um ano em casa sem poder ir à faculdade e sem poder trabalhar. Nesse período decidi que queria escrever um livro e contei a novidade para os meus pais. Primeiro escrevi “A borboleta que aprendeu a voar sozinha”, que fala sobre a minha deficiência e como lidei com isso durante a minha vida. Nesta obra prestes a ser publicada destaco como foi a experiência da minha mãe. Também tem outro livro pronto, que preciso dar sequência na impressão.
Como foi para você mãe acompanhar o processo de escrita?
Ela queria escrever um relato de como foi a minha reação ao descobrir a deficiência dela na gravidez. Tentei utilizar o espaço como maneira de ajudar outros pais que passam pelo mesmo processo. É uma situação delicada, tem pessoas que têm dificuldades em lidar com as adaptações. Geralmente recebemos o laudo, mas não recebemos o suporte necessário. Então eu tentei disponibilizar conselhos ao contar desde a minha gravidez até a nossa vivência hoje. Aprendi muito nesse processo.
