Casa do Real, um negócio de família

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Casa do Real, um negócio de família

Há 15 anos, empresa é administrada pelo casal Marilda e José Vanderlei

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Atualizado quinta-feira,
11 de Fevereiro de 2024 às 14:04

Casa do Real, um negócio de família
Marilda é natural de Paverama e trabalhou na roça antes de se mudar para a cidade (Foto: Diogo Fedrizzi)
Encantado

“Nosso negócio vai bem porque temos ao lado funcionários que participam, ajudam e são fundamentais no crescimento da empresa. Sempre digo, temos 32 famílias conosco”. O reconhecimento ao empenho da equipe de colaboradores é da empresária Marilda Silva dos Santos, 39, que, ao lado do marido José Vanderlei Rosa dos Santos, 46, administra a Casa do Real.

Fundado há 15 anos, o estabelecimento comercializa ampla variedade de produtos, desde alimentos, utilidades domésticas, brinquedos, artigos de floricultura e jardim, entre outros. São três unidades, duas em Encantado e uma em Roca Sales. “Atendemos todos os públicos, desde aquele que busca uma mercadoria mais em conta, até o que prefere algo mais sofisticado”, explica Marilda. “Minha maior alegria é quando chego na loja e percebo que o cliente sai satisfeito, é bem atendido e encontra o produto que estava à procura. É muito gratificante ouvir pessoas comentando que se sentem num shopping quando vem até a Casa do Real. Sinal de que estamos no caminho certo”, diz a mãe de Sabrina, 19, e Erick, 11.

Marilda é natural de Paverama. Os pais são agricultores e ela ajudou no serviço da lavoura até os 14 anos, quando se mudou para a cidade para trabalhar numa fábrica de calçados. Logo que concluiu o Ensino Médio, com 16 anos, casou-se com o José Vanderlei, então colega de fábrica. Ao mesmo tempo que mantinha sua rotina na indústria de segunda a sexta, aos sábados, ela viajava a Porto Alegre para adquirir peças de lingeries, cosméticos e peças de roupas para revender para as colegas. “Isso me deixava muito feliz. Vendia minhas coisas e tinha uma renda extra”, conta Marilda, que já pensava em construir uma casa com a sala maior para instalar uma loja.

O casal decidiu se mudar para Encantado depois que a irmã e o cunhado de Marilda, que já administravam lojas do segmento Um Real nas cidades de Arroio do Meio e Cruzeiro do Sul, sugeriram que eles investissem no mesmo ramo. “Como já existia loja de Um Real em Paverama, visitamos outras cidades. Encontramos Encantado e gostamos muito. Caminhamos pelo centro e percebemos o calor humano das pessoas e vimos que era o lugar certo para colocar nosso negócio”, relata a empresária.

A primeira sede da Casa do Real ocupou uma pequena sala alugada na Avenida Antonio de Conto. “Eu e o José Vanderlei instalamos as prateleiras com madeira bruta que trouxemos de Paverama na nossa caminhonetinha”, conta Marilda, que até hoje lembra uma das orientações do cunhado, de que era preciso vender pelo menos R$ 2 mil já no primeiro dia de atendimento. “Naquele tempo, tudo custava R$ 1, feijão, açúcar, refrigerante. E nós conseguimos vender R$ 6 mil no dia da inauguração”, recorda a empresária, que na época cuidava do caixa, enquanto o marido era responsável pelas compras e a reposição das mercadorias. “Trabalhamos durante três meses, só eu e o José Vanderlei, depois contratamos a primeira funcionária, a Darjele Mariotti, que está com a gente até hoje”. Hoje, a matriz segue na Antonio de Conto, instalada em prédio próprio e maior.

Após sete meses, a primeira filial foi aberta no centro de Encantado, na Rua Júlio de Castilhos, no mesmo endereço onde atende atualmente. Dois anos depois, expandiram a empresa para Roca Sales, com a instalação da terceira unidade. O estabelecimento foi destruído na enchente de setembro do ano passado. Apesar do prejuízo milionário, Marilda e José Vanderlei deram andamento às obras de construção da nova loja em outro terreno.

“Depois da enchente, pensamos em parar. Mas nossa equipe pediu para não fecharmos a loja. E foi isso que fizemos, nos reerguemos e inauguramos uma moderna Casa do Real em dezembro”, orgulha-se Marilda, que planeja para o futuro expandir os negócios e aprimorar cada vez mais o atendimento. Para quem tem o sonho de empreender, persistência é o segredo. “Meu marido sempre fala que temos que ser sempre intensos na nossa atividade”, observa.

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