Setor produtivo aumenta pressão contra decretos

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Setor produtivo aumenta pressão contra decretos

Fórum articulado pela Federasul aponta prejuízos com o fim dos incentivos fiscais, previsto para abril. Presença de representantes do governo ainda é dúvida

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Setor produtivo aumenta pressão contra decretos
Evento de hoje foi articulado durante encontro que reuniu 17 entidades do setor produtivo do Estado com articulação da Federasul. (Foto: Divulgação)
Vale do Taquari
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

A Federação das Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul) promove hoje, a partir das 14h, nova rodada de debates sobre os decretos que retiram incentivos fiscais de diferentes setores da economia. Válidos a partir de abril, os decretos têm potencial para provocar impactos econômicos e consequências sociais, especialmente devido ao aumento nos preços dos produtos da cesta básica.

São esperados no evento, que ocorre no Palácio do Comércio, em Porto Alegre, líderes de entidades empresariais, deputados estaduais e representantes do governo do Estado. Os organizadores convidaram quatro secretarias do RS para integrar o debate: Fazenda, Agricultura, Desenvolvimento Econômico e Casa Civil. Até o fechamento da edição, não havia confirmação quanto participação do Executivo gaúcho.

Vice-presidente regional da Federasul e presidente da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Teutônia (CIC), Renato Scheffler, afirma que é grande a expectativa quanto a participação de representantes do Piratini. “O Legislativo gaúcho estará conosco e esperamos que o governador do Estado, Eduardo Leite, também esteja presente.”

Conforme Scheffler, a participação do poder público é fundamental para que se construa uma alternativa aos decretos, que não seja o aumento de impostos. “Queremos apresentar os números compilados pelos economistas das entidades empresariais, para mostrar quais seriam as consequências do fim das desonerações.”

Presidente da Federasul, Rodrigo Sousa Costa afirma que o efeito dos decretos “é tão cruel” que provoca a união de todos os setores, tanto dos patronais quanto dos funcionários, da esquerda à direita. “A retirada dos incentivos prejudica a competitividade das empresas gaúchas, além de afetar diretamente na mesa da população.

APL debate decretos

Em reunião na noite de segunda-feira, o APL Alimentos e Bebidas Vale do Taquari discutiu o aumento da carga tributária prevista nos decretos. Entidade gestora do Arranjo Produtivo, a Câmara da Indústria, Comércio e Serviços (CIC-VT) integra o evento convocado pela Federasul.

De acordo com o presidente da CIC-VT, Ivandro Carlos Rosa, as entidades buscam subsídios para lidar com o impacto na carga tributária. Segundo ele, as consequências afetam particularmente as camadas mais pobres da população. “Está se tornando cada vez mais difícil conciliar nossas estratégias de negócio com as incertezas decorrentes das medidas anunciadas pelo governo estadual.”

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