Valores defasados, aumento nos custos e novos investimentos. Alguns dos motivos que influem no aumento da mensalidade nas escolas particulares no município. O percentual de reajuste nas instituições para 2024 varia entre 10% e 11%, acima da média estadual calculada pelo Sindicato do Ensino Privado do RS (Sinepe).
O levantamento feito pela entidade, divulgado em novembro do ano passado, revelou um reajuste médio de 8,6%. Os percentuais também ficam acima dos índices que medem a inflação no país, tanto o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) quanto o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M).
Em três das quatro escolas pesquisadas, o reajuste das mensalidades ficou em 10%. Caso do Colégio Evangélico Alberto Torres (Ceat). Segundo o diretor, Rodrigo Ulrich, o aumento foi definido e informado aos pais dos alunos ainda em dezembro.
“Nós trabalhamos com uma planilha de custos, que inclui as despesas fixas e também tudo aquilo que é agregado ao projeto pedagógico, bem com os diferenciais em segurança, inclusão e tecnologia. Tudo isso compõe o valor final da anuidade e mensalidade”, observa.
Melhorias na infraestrutura
Segundo Ulrich, os investimentos em infraestrutura física também motivam o reajuste. “São obras com bastante visibilidade. Anunciamos reformas no bloco 2, estamos fazendo trocas de telhados e instalando uma usina de energia fotovoltaica. E temos dois grandes projetos de prédios novos, que é o Centro de Treinamento Esportivo e a revitalização do quarteirão 1, o prédio antigo do colégio”.
O diretor cita também os investimentos na Unidade Região Alta, em Roca Sales. O prédio sofreu com a enchente de setembro. “Tivemos que refazer todo o prédio da educação infantil e tivemos trocas de pisos e melhorias nas salas de aula. São obras que repercutem nos nossos custos”.
Mensalidades defasadas
No Colégio Sinodal Conventos, o reajuste também ficou em 10% para todos os níveis de ensino, segundo o diretor, Rui Griesang. Já para o turno oposto, modalidade que atende cerca de 200 alunos além do horário de aula, na parte da tarde, ficou em 15%.
“Nossas mensalidades estavam defasadas em comparação com outras escolas da cidade. Então, optamos pelo aumento de 10%. Além disso, o custo da alimentação para os alunos que ficam no turno oposto subiu bastante. E também tivemos reajuste dos salários dos professores, além da contratação de mais monitores”, justifica.
Assim como outras escolas, o Sinodal Conventos projeta melhorias para receber os alunos. “Investimos R$ 400 mil em melhorias externas e internas. Estamos remodelando todo o nosso pátio, na recepção aos alunos, calçando todo o pátio. E também reformando a quadra esportiva”. Há também a obra do novo acesso, em parceria com a Comunidade.
Fatores que influenciam no aumento
- Custos com pessoal
- Contas públicas
- Material didático e implementação do Novo Ensino Médio
- Investimento em tecnologia
- Melhorias em infraestrutura
FONTE: Sinepe/RS
Reajustes por escola*
- CEAT – 10%
- Gustavo Adolfo – 10%
- Madre Bárbara – 11%**
- Sinodal Conventos – 10%***
(*) A reportagem entrou em contato com o Colégio Cenecista João Batista de Mello (Mellinho), mas não obteve retorno até o fechamento desta edição;
(**) Percentual médio obtido a partir dos reajustes aplicados nos diferentes níveis de ensino;
(***) Para o turno oposto, o reajuste foi de 15%