Mensalidades nas escolas da rede privada sobem até 11%

CULTURA E EDUCAÇÃO

Mensalidades nas escolas da rede privada sobem até 11%

Reajuste para 2024 já foi definido em todas as escolas particulares. Percentuais ficam acima da média estadual. Instituições retornam às aulas em fevereiro

Por

Mensalidades nas escolas da rede privada sobem até 11%
Em três das quatro escolas pesquisadas, o reajuste das mensalidades ficou em 10%. (Foto: Filipe Faleiro)
Lajeado

Valores defasados, aumento nos custos e novos investimentos. Alguns dos motivos que influem no aumento da mensalidade nas escolas particulares no município. O percentual de reajuste nas instituições para 2024 varia entre 10% e 11%, acima da média estadual calculada pelo Sindicato do Ensino Privado do RS (Sinepe).

O levantamento feito pela entidade, divulgado em novembro do ano passado, revelou um reajuste médio de 8,6%. Os percentuais também ficam acima dos índices que medem a inflação no país, tanto o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) quanto o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M).

Em três das quatro escolas pesquisadas, o reajuste das mensalidades ficou em 10%. Caso do Colégio Evangélico Alberto Torres (Ceat). Segundo o diretor, Rodrigo Ulrich, o aumento foi definido e informado aos pais dos alunos ainda em dezembro.

“Nós trabalhamos com uma planilha de custos, que inclui as despesas fixas e também tudo aquilo que é agregado ao projeto pedagógico, bem com os diferenciais em segurança, inclusão e tecnologia. Tudo isso compõe o valor final da anuidade e mensalidade”, observa.

Melhorias na infraestrutura

Segundo Ulrich, os investimentos em infraestrutura física também motivam o reajuste. “São obras com bastante visibilidade. Anunciamos reformas no bloco 2, estamos fazendo trocas de telhados e instalando uma usina de energia fotovoltaica. E temos dois grandes projetos de prédios novos, que é o Centro de Treinamento Esportivo e a revitalização do quarteirão 1, o prédio antigo do colégio”.

O diretor cita também os investimentos na Unidade Região Alta, em Roca Sales. O prédio sofreu com a enchente de setembro. “Tivemos que refazer todo o prédio da educação infantil e tivemos trocas de pisos e melhorias nas salas de aula. São obras que repercutem nos nossos custos”.

Mensalidades defasadas

No Colégio Sinodal Conventos, o reajuste também ficou em 10% para todos os níveis de ensino, segundo o diretor, Rui Griesang. Já para o turno oposto, modalidade que atende cerca de 200 alunos além do horário de aula, na parte da tarde, ficou em 15%.

“Nossas mensalidades estavam defasadas em comparação com outras escolas da cidade. Então, optamos pelo aumento de 10%. Além disso, o custo da alimentação para os alunos que ficam no turno oposto subiu bastante. E também tivemos reajuste dos salários dos professores, além da contratação de mais monitores”, justifica.

Assim como outras escolas, o Sinodal Conventos projeta melhorias para receber os alunos. “Investimos R$ 400 mil em melhorias externas e internas. Estamos remodelando todo o nosso pátio, na recepção aos alunos, calçando todo o pátio. E também reformando a quadra esportiva”. Há também a obra do novo acesso, em parceria com a Comunidade.

Fatores que influenciam no aumento

  • Custos com pessoal
  • Contas públicas
  • Material didático e implementação do Novo Ensino Médio
  • Investimento em tecnologia
  • Melhorias em infraestrutura

FONTE: Sinepe/RS

Reajustes por escola*

  • CEAT – 10%
  • Gustavo Adolfo – 10%
  • Madre Bárbara – 11%**
  • Sinodal Conventos – 10%***

(*) A reportagem entrou em contato com o Colégio Cenecista João Batista de Mello (Mellinho), mas não obteve retorno até o fechamento desta edição;
(**) Percentual médio obtido a partir dos reajustes aplicados nos diferentes níveis de ensino;
(***) Para o turno oposto, o reajuste foi de 15%

Acompanhe
nossas
redes sociais